Quem me lê, sabe que sempre me manifestei contra o empréstimo de jogadores entre equipas que disputam a mesma competição: não faz qualquer sentido e adultera a verdade desportiva um jogador ter contrato com um determinado clube, que, além do mais, lhe pode pagar, total ou parcialmente, o ordenado, e alinhar por um outro, por vezes mesmo contra o clube ao qual se encontra vinculado. Do mesmo modo e por razões semelhantes, sempre achei não deveria ser permitido aos clubes efectuarem contratações com as competições já a decorrerem, seja no início da época seja no chamado mercado de Janeiro. No limite, admito elas pudessem ocorrer apenas no mercado de Janeiro desde que entre equipas que não disputassem a mesma competição. Agora, e segundo tudo leva a crer, descobriu-se um novo "modelo de negócio": dois clubes disputando a mesma competição trocam jogadores partilhando uma percentagem elevada dos chamados "direitos económicos" dos mesmos. Tudo isto, claro, perante a complacência de FIFA, UEFA e LPFP e com a crítica desportiva exultando com a "invenção" e aplaudindo a troca de jogadores entre os "grandes". Para não lhes chamar incompetentes ou acusá-los de conivência com a falsificação da tal "verdade desportiva", que pelos vistos só é invocada quando se trata das novas tecnologias, direi que devem andar muito distraídos...
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