Para já, a questão fundamental é esta, e deve ser posta de uma forma muito clara: tendo obtido o governo mais tempo para pagar a dívida, mesmo que tenha sempre jurado "a pés juntos" nunca o faria; conseguido voltar aos mercados ainda este ano, mesmo que saibamos subliminarmente tal depende muito pouco das suas acções; cumprido o "déficit" de 5% acordado com a "troika", mesmo que com a ajuda da receita extraordinária obtida com a privatização da ANA, estamos perante achievements que a linha oficial do governo - Passos, Gaspar, Relvas - não deixará de agitar e poderão vir a reflectir-se na opinião dos portugueses e no resultado de próximas sondagens. Se tal acontecer, acho António José Seguro verá o chão a fugir-lhe um pouco debaixo dos pés e a sua estratégia de forçar eleições poderá vir a ter aqui um sério problema - e por acréscimo, talvez também a sua liderança.
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