A cruzada de jornalistas e comentadores desportivos em favor do proteccionismo no futebol, aproveitando o facto do SLB ter iniciado alguns jogos sem um único português na equipa, é um dos factos marcantes neste final de "defeso". Agora, esgotados outros argumentos, vem o recurso ao patrioteirismo mais saloio e reacionário, com o pretexto de que o "excesso" de jogadores estrangeiros prejudica as selecções nacionais. Como se o facto, proporcionado pelo fim do proteccionismo, de alguns dos principais jogadores portugueses actuarem nas principais equipas e campeonatos europeus não beneficiasse a selecção portuguesa. Como se o facto de muitos jogadores dos escalões sub-21 e sub-20 actuarem em equipas estrangeiras de média dimensão, em vez de o fazerem no Fafe ou no Freamunde, não resultasse em benefício dessas mesmas selecções, como se vê agora no Campeonato do Mundo da Colômbia. Como se a concorrência acrescida, nascida com o fim do proteccionismo, não obrigasse a uma melhoria da qualidade de todos os jogadores, com a qual beneficiam também os jogos que envolvam as selecções nacionais.
Enfim... já não falando da liberdade e do direito que a todos deve ser concedido de poderem procurar trabalho onde tal possa melhorar as suas condições de vida.
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