As selecções sub "qualquer coisa" servem para formar jogadores ou ganhar campeonatos? Da equipa sub-20 de Riad, mesmo com o caminho aberto por terem sido campeões do mundo, apenas quatro dos dezoito jogadores que compunham o plantel fez carreira com algum destaque: Fernando Couto, Paulo Madeira, Paulo Sousa (era suplente e, salvo erro, extremo direito) e João Vieira Pinto. E destes, apenas Couto e Sousa fizeram carreira no "grande futebol" internacional. Digamos também que três outros, Folha, Paulo Alves e Jorge Couto, se ficaram por uma mediania que não envergonha. Dos restantes, pouco ou nada reza a História.
3 comentários:
Nesse tempo ainda não vigorava na Europa a jurisprudência Bosman e os clubes lusos preferiam importar jogadores sul americanos em quantidades industriais, razões pelas quais os jovens futebolistas lusos se encontravam limitadíssimos na sua ascensão futebolística.
Tanto que o maior goleador de sempre da Selecção lusa, Pauleta, só lograria uma carreira futebolista emigrando para Espanha (Salamanca) e França.
Hoje, qualquer promissor jovem continua a não conseguir a desejada titularidade nos grandes clubes, continuando estes a preferir os negócios de importação com os empresários de futebol ( atente-se ao caso Roberto vs Eduardo ), mas sempre vão conseguindo uma qualquer colocação na Europa, funcionando o campeonato do mundo sub-20 como um estimável curriculum vitae, uma espécie de MBA do futebol para as empresas do futebol europeu.
É vê-los a jogar em Espanha, Itália, Inglaterra, Escócia, Suiça, França, Chipre, Bélgica, pouco faltando para que a selecção nacional seja recrutada, na totalidade, no resto da Europa.
Os grandes clubes nacionais, mais parecem entrepostos internacionais de jogadores para tirocínio ou aclimatização.
Cumprimentos.
JR
Espero não esteja a defender o protecionismo no futebol... Mais dois pontos:
1. Pauleta não conseguiu jogar na 1ª liga portuguesa principslmente por ser um jogador atípico face ao modelo de jogo adoptado pela maioria das equipas portuguesas. Mesmo na selecção a sua adaptação não foi fácil.
2. Não vejo qualquer problema em os jogadores da seleção jogarem todos no estrangeiro. Veja o que disse aqui, p.f.: http://eusouogatomaltes.blogspot.com/2011/08/futebol-proteccionismo-e-seleccoes.html
Cumprimentos
Claro que não advogo um qualquer proteccionismo ou retrógrado mercantilismo à la Colbert no futebol, ainda mais numa Europa sem fronteiras e num desporto à escala global.
Mas um critério de qualidade para aquisição de jogadores como aquele que funciona na Premier League e nas ligas profissionais dos desportos americanos, não seria má ideia.
A Liga e os bons jogadores locais só teriam a ganhar com isso ( e o SLB teria sido poupado a comprar Roberto e muitos das dezenas de "reforços" ?? )
JR
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