segunda-feira, agosto 15, 2011

Selecções jovens

As selecções sub "qualquer coisa" servem para formar jogadores ou ganhar campeonatos? Da equipa sub-20 de Riad, mesmo com o caminho aberto por terem sido campeões do mundo, apenas quatro dos dezoito jogadores que compunham o plantel fez carreira com algum destaque: Fernando Couto, Paulo Madeira, Paulo Sousa (era suplente e, salvo erro, extremo direito) e João Vieira Pinto. E destes, apenas Couto e Sousa fizeram carreira no "grande futebol" internacional. Digamos também que três outros, Folha, Paulo Alves e Jorge Couto, se ficaram por uma mediania que não envergonha. Dos restantes, pouco ou nada reza a História. 

3 comentários:

Anónimo disse...

Nesse tempo ainda não vigorava na Europa a jurisprudência Bosman e os clubes lusos preferiam importar jogadores sul americanos em quantidades industriais, razões pelas quais os jovens futebolistas lusos se encontravam limitadíssimos na sua ascensão futebolística.

Tanto que o maior goleador de sempre da Selecção lusa, Pauleta, só lograria uma carreira futebolista emigrando para Espanha (Salamanca) e França.

Hoje, qualquer promissor jovem continua a não conseguir a desejada titularidade nos grandes clubes, continuando estes a preferir os negócios de importação com os empresários de futebol ( atente-se ao caso Roberto vs Eduardo ), mas sempre vão conseguindo uma qualquer colocação na Europa, funcionando o campeonato do mundo sub-20 como um estimável curriculum vitae, uma espécie de MBA do futebol para as empresas do futebol europeu.

É vê-los a jogar em Espanha, Itália, Inglaterra, Escócia, Suiça, França, Chipre, Bélgica, pouco faltando para que a selecção nacional seja recrutada, na totalidade, no resto da Europa.

Os grandes clubes nacionais, mais parecem entrepostos internacionais de jogadores para tirocínio ou aclimatização.

Cumprimentos.

JR

JC disse...

Espero não esteja a defender o protecionismo no futebol... Mais dois pontos:
1. Pauleta não conseguiu jogar na 1ª liga portuguesa principslmente por ser um jogador atípico face ao modelo de jogo adoptado pela maioria das equipas portuguesas. Mesmo na selecção a sua adaptação não foi fácil.
2. Não vejo qualquer problema em os jogadores da seleção jogarem todos no estrangeiro. Veja o que disse aqui, p.f.: http://eusouogatomaltes.blogspot.com/2011/08/futebol-proteccionismo-e-seleccoes.html
Cumprimentos

Anónimo disse...

Claro que não advogo um qualquer proteccionismo ou retrógrado mercantilismo à la Colbert no futebol, ainda mais numa Europa sem fronteiras e num desporto à escala global.

Mas um critério de qualidade para aquisição de jogadores como aquele que funciona na Premier League e nas ligas profissionais dos desportos americanos, não seria má ideia.

A Liga e os bons jogadores locais só teriam a ganhar com isso ( e o SLB teria sido poupado a comprar Roberto e muitos das dezenas de "reforços" ?? )

JR