Portugal é um país com uma sociedade cheia de atavismos, pouco dinâmica, nada ousada ou empreendedora. Em que toda a gente tem medo de desagradar ao vizinho e fugir ao lugar comum. Porquê? Bom, acho que tudo terá muito a ver com um país só muito tarde deixou de ser rural e agrícola; um país longe dos centros de decisão, do cosmopolitismo e onde existiam apenas dois centro urbanos dignos desse nome, embora um deles, o Porto, onde a ruralidade exerceu durante muito tempo papel predominante. Um país onde, por via dessa sua estrutura rural e do afastamento do centro europeu, a religião católica romana exerceu até muito tarde um papel limitativo dos valores da liberdade e da iniciativa. Claro que, dito isto, desnecessário será falar de uma estrutura empresarial fraca e também ela muito influenciada por estes mesmos valores.
Vem isto a propósito daquilo que escrevi no “post” anterior sobre o BV Borussia Dortmund, um colosso do futebol alemão, 6 vezes vencedor da Bundesliga, vencedor da Taça das Taças em 1966 e Campeão Europeu em 1997. Pois perante a iminência da bancarrota, o BV Borussia Dortmund não só teve a coragem para afastar atavismos e mostrar a flexibilidade de ideias suficiente para vender o seu Westfalenstadion, passando a alugá-lo para os jogos disputados “em casa”, como, inclusivamente, o mundo empresarial alemão mostrou ter dinamismo e o poderio suficientes para aparecer quem o comprasse, vendendo de seguida o “naming” a uma seguradora para ajudar na rentabilização do investimento. Assim, o BVB não só vendeu o seu estádio, como joga agora no mesmo recinto (que já não lhe pertence) denominado Signal Iduna Park. Pelo meio, conseguiu contudo um significativo encaixe de capital, indispensável à sua recuperação como clube: será este ano campeão. Foram-se o anéis; ficaram os dedos.
Em Portugal, onde nem sequer foi possível conseguir um acordo entre SLB e SCP para a construção, racional, de um estádio municipal em Lisboa, já alguém imaginou ser possível uma solução como esta para clubes como o SLB, SCP ou FCP? Diferenças...
Vem isto a propósito daquilo que escrevi no “post” anterior sobre o BV Borussia Dortmund, um colosso do futebol alemão, 6 vezes vencedor da Bundesliga, vencedor da Taça das Taças em 1966 e Campeão Europeu em 1997. Pois perante a iminência da bancarrota, o BV Borussia Dortmund não só teve a coragem para afastar atavismos e mostrar a flexibilidade de ideias suficiente para vender o seu Westfalenstadion, passando a alugá-lo para os jogos disputados “em casa”, como, inclusivamente, o mundo empresarial alemão mostrou ter dinamismo e o poderio suficientes para aparecer quem o comprasse, vendendo de seguida o “naming” a uma seguradora para ajudar na rentabilização do investimento. Assim, o BVB não só vendeu o seu estádio, como joga agora no mesmo recinto (que já não lhe pertence) denominado Signal Iduna Park. Pelo meio, conseguiu contudo um significativo encaixe de capital, indispensável à sua recuperação como clube: será este ano campeão. Foram-se o anéis; ficaram os dedos.
Em Portugal, onde nem sequer foi possível conseguir um acordo entre SLB e SCP para a construção, racional, de um estádio municipal em Lisboa, já alguém imaginou ser possível uma solução como esta para clubes como o SLB, SCP ou FCP? Diferenças...
1 comentário:
É um poste pertinente.
Veja o meu comentário em http://desportoeconomia.blogspot.com/2011/03/o-futebol-de-portugal-e-da-alemanha.html onde considero que o futebol português não vai seguir o exemplo do Borussia porque pode viver com o risco actual.
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