Depois de anos a emigrar de tamancos para padeiros no Brasil, de mala de cartão para o bidonville parisiense, para a “faina” do bacalhau na Terra Nova, fugindo de um país onde se trabalhava de “sol a sol”, sem gente qualificada, vivendo no granito e no xisto da ruralidade, onde a maioria não saía da aldeia onde tinha nascido, trabalhava para o mesmo patrão toda uma vida, a taxa de mortalidade infantil era alta e a esperança de vida baixa, mas virtualmente sem desemprego, os portugueses têm agora quem faça os trabalhos de que não gostam, licenciados sem emprego ou em trabalhos precários, outros, altamente qualificados, emigram para onde têm trabalho, muitos que lutam, não por novas regalias, mas para manter as que têm, famílias que assumem vão poupar nas férias ou nas viagens ao estrangeiro, uma taxa de mortalidade infantil quase inexistente e uma das esperanças de vida mais elevadas do mundo. Mas, infelizmente, taxas de desemprego e precariedade elevadas. Finalmente os portugueses ascenderam ao primeiro mundo, com todos os problemas daí decorrentes. É bom que se convençam disso, até porque, nunca é demais repeti-lo, "não há almoços grátis".
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