sexta-feira, março 18, 2011

3 equipas nos 1/4 de final da Liga Europa é assim um resultado tão "notável"?

Portugal ter 3 equipas nos ¼ de final da Liga Europa é assim tão “notável”, como por aí já vi afirmado? É um bom resultado, mas dentro da normalidade quando o futebol português não conseguiu colocar nenhuma (o SLB seria essa equipa mais provável) nos 1/8 de final da Champions League, sendo lógico ter acontecido o contrário.

Vejamos: Portugal ocupa o 6º lugar no “ranking” da UEFA (e isso, sim, é que constitui um excelente resultado), à frente de Rússia, Ucrânia e Holanda. Quais as nacionalidades das outras equipas presentes nos ¼ de final da Liga Europa? Exactamente Rússia (1), Ucrânia (1), Holanda (2) e uma equipa espanhola “cliente” normal da CL e da Liga Europa (Villareal). Tudo normal, portanto, se nos lembrarmos que a França, que precede Portugal no “ranking” da UEFA (é 5ª), teve 2 equipas (OL e OM) nos 1/8 de final da Champions League e os 4 primeiros do “ranking” (Inglaterra, Espanha, Alemanha e Itália)têm todos eles ainda equipas presentes nos ¼ de final da CL.

Pois, mas exigir rigor à imprensa desportiva (e não só) é o mesmo que pedir a um gato que ladre ou a um cão que mie!

10 comentários:

Queirosiano disse...

Quem dá o que pode, a mais não é obrigado... Pagam-lhes para escrever coisas que façam vender papel, não lhes pagam para pensar. Admitindo que fossem capazes disso.

Cumprimentos.

JC disse...

Pois...:-)

JT disse...

Podemos pedir ao gato (maltês) que ladre ?

:^)

JC disse...

Não me parece que se possa pedir tal coisa a um gato assim a modos que mais para o intelectual!:-)

Anónimo disse...

Fazendo de advogado do diabo, perdão, da imprensa, diria que, não obstante as verdades indesmentíveis de JC, também não será menos verdade que o score de Portugal de 14.400, referido à presente época, é o quarto melhor da UEFA, acima da França - que já não tem nenhuma equipa em competição - e da Itália - apenas com uma equipa em prova -, e a escassos décimos da Alemanha e da Espanha, respectivamente os terceiro e segundo lugares.

Agora faça-se uma comparação séria entre o somatório dos orçamentos do conjunto inicial dos clubes lusos com os conjuntos da França, Itália,Alemanha e Espanha e a relação destes com o score obtido, ou seja, um estudo custo-benefício, que JC, com o seu brilhantismo nos habituou, estudo que deu o Braga como a melhor relação custo-benefício em competição nacional (vide Blog).

Será que esta relação orçamento-pontos não tem aplicação para a UEFA ?

Para ser suficiente surpreendente que mais será preciso?
Bater todos os scores incluindo a Inglaterra?
Para ser segundo entre cinquenta e três, logo atrás da inglaterra, só lhe faltam décimas.

E se Portugal também tivesse um PIB superior à França e Itália ?

JR

JC disse...

Resposta simples e rápida, JR, que o tempo não dá para mais (c/ as minhas desculpas). Pois eu digo no post" que o 6º lugar é excelente, que é mais ou menos o que v.pretende - e mtº bem - provar. Aí estamos portanto de acordo. Mas face a esse lugar no "ranking", digamos que ter 3 equipas nos 1/4 de final da LE é um bom resultado, mas normal. Ou não é assim?
Cumprimentos

Anónimo disse...

Uns anos atrás - após o SCP ter atingido a final da Taça Uefa - Portugal chegou até a ocupar, embora só momentaneamente, o quinto lugar do ranking acumulado, deixando para trás a Alemanha, isto sem três equipas nos 1/4, aliás, é a primeira vez que três equipas atingem numa fase tão avançada em qualquer competição desportiva europeia - salvo nessa espectacular modalidade tantas vezes esquecida em que somos ancestralmente dominantes, o hoquei em patins - o que faz com que esta época atinja o seu maior score de sempre, dificilmente repetível.

São estes dois factos - o maior score de sempre numa só época e a presença inédita de três equipas nos 1/4 - e, consequentemente, uma relação orçamento-benefício actualmente insuperável, acrescido pela eliminação desse colosso futebolistico que é o Liverpool - o maior palmarés britânico em termos nacionais e internacionais - aos pés do 6º classificado da Liga lusa, que me levam a considerar o evento, no mínimo, surpreendente.

Daí que, se é normal, então não tem sido "normal".

O meu lamento é que Portugal nunca tenha conseguido atinjir os mesmos níveis europeus em todos os demais indicadores, nomadamente o PIB "per capita" e restantes índices de desenvolvimento e satisfação.

Seriam bem mais preferíveis estes últimos rankings.

Cumprimentos

JR

JC disse...

1. É normal em função do lugar de Portugal no "ranking", não esquecendo, como ontem mtº bem disse José Mourinho, que tal só é possível pelo facto das equipas portuguesas terem tido um mau comportamento na CL. A LE é uma 2ª divisão europeia. repito: o que é excelente é o 6º lugar no ranking". O resto é consequência disso.
2. Injustamente esquecido o hóquei em patins? É uma modalidade s/ qualquer expressão internacional.
Cumprimentos

Anónimo disse...

Hoje mesmo é dia de competições europeias de hóquei em patins, a saber, nesta fase avançada, a Liga Europa com 4 grupos e a Taça CERS nos quartos de final.

Ao todo 24 equipas ainda em competição oriundas dos campeonatos de Portugal, Espanha, Itália, França, Suiça e Alemanha, seis países, mais um que os cinco países ainda representados na Liga Europa de Futebol.

O Comité International de Hóquei em Patins, ou CIRH dirige o hóquei em patins ao nível mundial e agregando países da Oceania, Ásia, África e Américas ( Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Uruguai, EUA ), além da Europa, claro.

Num dos últimos mundiais foram antriões os EUA em San Juan da Califórnia, em pleno Silicon Valley, modalidade que ali se chama de "Hard Hockey" ou "Roller Hockey".

Existe até uma liga norte-americana profissional de roller-hockey denominada "International Roller Hockey" de patins "inline" agregaado também equipas do Canadá.

Defenderei até à morte o seu direito de dizer que o hoquei em patins é uma modalidade sem qualquer expressão internaciomnal, mas tenho outro conceito do vocábulo "nenhuma".

Cumprimentos

JR

JC disse...

Olhe, caríssimo leitor JR, até tenho um episódio que fixei da minha infância ligado a tal coisa, que aproveito para contar. Portugal tinha acabado de se sagrar campeão do mundo, acho que num campeonato disputado em Espanha, não me lembro do ano mas no tempo do "hóquei patriótico", talvez 1960 ou 61. Grandes comemorações por aqui e eu, criança, todo satisfeito. Por um acaso, o meu pai estava em Paris nessa altura e regressou passado uns dias. Quando manifestei todo o contentamento pelo facto, quando ele regressou, limitou-se a responder-me: teve uma notícia de 3 linhas no "L'Équipe". E acrescentou: isso joga-se na linha do Estoril, nos arredores de Barcelona, em Bordéus e em Monza. Nas estâncias de veraneio (o que era verdade, pois era onde existiam rinques de patinagem para os veraneantes se divertirem) por grupos de amigos. Hoje é já um pouco diferente, mas continua a não ter expressão como desporto.
Abraço