A sequência lógica do violento discurso de tomada de posse de Cavaco Silva seria a sua decisão de dissolver a Assembleia da República e convocar eleições. Não o fazendo, não me parece a manutenção de um clima de confrontação e crispação, já muito mais do que latente, entre dois orgãos de soberania - governo e Presidência da República - possa de algum modo contribuir para o país enfrentar a crise em condições mais favoráveis para a ultrapassar. A pergunta que deixo é a seguinte: será intenção de Cavaco Silva ir “fazendo a vida negra” ao governo, tentando assim levá-lo à demissão? Na situação actual, tal tipo de actuação seria demasiado má para ser verdadeira. Mas vindo do meu ex-professor de Finanças Públicas, confesso, nunca se sabe...
Perante isto, talvez fosse finalmente tempo de quem me parece mais prejudicado com esta “presidência de tipo novo” inaugurada por Cavaco Silva - o PS de José Sócrates e o PSD de Passos Coelho - acordarem numa solução estável de governo, deixando Cavaco Silva a falar sozinho. Já não seria sem tempo e constituiria uma boa lição de política “pura e dura” para o actual Presidente da República.
Perante isto, talvez fosse finalmente tempo de quem me parece mais prejudicado com esta “presidência de tipo novo” inaugurada por Cavaco Silva - o PS de José Sócrates e o PSD de Passos Coelho - acordarem numa solução estável de governo, deixando Cavaco Silva a falar sozinho. Já não seria sem tempo e constituiria uma boa lição de política “pura e dura” para o actual Presidente da República.
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