terça-feira, março 22, 2011

Não pensava nem está nos meus hábitos escrever sobre este tipo de assuntos; mas o pseudo-jornalismo põe-me o sangue a ferver

Não escondo o meu ferrenho benfiquismo, mas, como sabem os que habitualmente seguem este “blog”, tal não significa um “seguidismo” em relação a todas as atitudes dos respectivos orgãos sociais nem que não assuma uma posição de distanciamento crítico em relação ao clube, sempre que tal se justifique. Tendo dito isto, penso ter assim adquirido autoridade suficiente (e desculpem-me a imodéstia) para criticar os que colocam no mesmo pé as normais atitudes arruaceiras assumidas por aquilo a que me habituei a chamar de sturmabteilung do FCP, e do seu presidente, e outras, graves e criticáveis, protagonizadas ou instigadas por arruaceiros de outros clubes, quer eles se chamem SLB, SCP, etc. De um lado, temos acções sistemáticas e organizadas, que chegaram a ter por alvo o próprio treinador do clube, que se limitam a pôr em prática os pressupostos ideológicos e a estratégia assumida por Pinto da Costa e José Maria Pedroto, desde os finais dos anos 70, para dominarem o futebol português. No fundo, tal como as SA de Ernst Röhm eram instrumento de arruaça e terror utilizado pelos nazis para melhor imporem a sua barbárie, o mesmo papel cabe agora nessa estratégia aos tais SuperDragões de um tal Madureira. Do outro, quer se trate do meu clube quer da grande maioria dos outros, nestes se incluindo o nosso principal rival SCP, estamos perante acções de bandos de arruaceiros e marginais - que deveriam banidos dos estádios e arredores – mas cuja acção não decorre nem se insere numa sistemática e premeditada estratégia rumo a objectivos que todos conhecemos.

Sem que tal constitua ou possa sequer ser, mesmo que vagamente, confundido com pactuação de acções de vandalismo de adeptos do meu clube, uma das quais levou mesmo à morte um inocente adepto do nosso grande rival, colocar tudo no mesmo saco é apenas uma maneira de branquear aquela que tem sido, desde há muitos anos (décadas), a actuação da direcção do FCP e de pactuar com o actual estado de coisas (o tal “sistema” de que falava Dias da Cunha) do futebol português. O pseudo-jornalismo que, por subserviência ou medo a quem manda, não sabe distinguir o que está, neste caso, à frente dos seus olhos é tão responsável pelo estado actual do futebol português como aqueles que iniciaram, há já mais de trinta anos, o projecto que o conduziu a este seu miserável estado.

2 comentários:

Portas e Travessas.sa disse...

também sou um (acérrimo) Benfiquista..Sócio - Acionista - titulo Fundador, com lugar por debaixo do camarote presidencial.

Tenho o prazer de o conhecer - virtualmente

JC disse...

Mtº prazer, então!E viva o "glorioso"!