- Quando alguém, pessoa ou instituição, está convicto de conseguir alcançar os seus objectivos, quando se sente em vantagem, quando o que fundamentalmente conta é destruir o que está, qualquer tentativa negocial da parte contrária é interpretada como sinal de fraqueza, como um apelo ao endurecimento e uma certeza e reforço no sentido do caminho traçado: “carrega-se onde se pressente é mais mole”.
José Sócrates e o governo não terão entendido isto quando do seu processo com os professores; ou tê-lo-ão percebido mas o medo tolheu os seus movimentos e decisões, o que se terá revelado fatal. No fundo, ao não ousarem provocar eleições antecipadas no “pico” da contestação, ao não assumirem publicamente a necessidade da luta política com a Fenprof pelo domínio da educação quando tudo levaria a crer teriam a maioria do país consigo, escancararam a sua situação de fraqueza; no fundo, José Sócrates e o seu governo, no seu íntimo, nunca quiseram ou estiveram em condições de “romper”, ao contrário do que acontecia com os sindicatos o que colocou estes sempre em situação de evidente vantagem. Os resultados estão à vista: apesar de algumas reformas positivas produzidas no sector, o seu preço terá sido demasiado elevado para os ganhos obtidos. A derradeira luta ficou por travar, adiada, com José Sócrates, o governo e a ministra a lamberem as feridas e a avaliarem os muitos danos sofridos, e a Fenprof aparentemente intacta, na essência do seu poder.
Independentemente de alguns erros cometidos na condução do processo, aquela espécie de mea culpa de José Sócrates na sua entrevista de ontem à RTP1 constitui, assim, apenas mais um sinal de fraqueza perante professores e respectivos sindicatos, o que muito contribuirá para colocar à partida um eventual futuro governo PS em desvantagem, perante a Fenprof, em qualquer processo negocial, praticamente inviabilizando quaisquer futuras reformas no sector. Mais ainda, arrisca-se a ser vista como fruto de mero oportunismo eleitoral (não serei eu a afirmar o contrário), o que muito contribuirá para o seu total descrédito perante professores, sindicatos e eleitorado em geral. Um erro que José Sócrates, o PS e o país se arriscam a pagar bem caro.
José Sócrates e o governo não terão entendido isto quando do seu processo com os professores; ou tê-lo-ão percebido mas o medo tolheu os seus movimentos e decisões, o que se terá revelado fatal. No fundo, ao não ousarem provocar eleições antecipadas no “pico” da contestação, ao não assumirem publicamente a necessidade da luta política com a Fenprof pelo domínio da educação quando tudo levaria a crer teriam a maioria do país consigo, escancararam a sua situação de fraqueza; no fundo, José Sócrates e o seu governo, no seu íntimo, nunca quiseram ou estiveram em condições de “romper”, ao contrário do que acontecia com os sindicatos o que colocou estes sempre em situação de evidente vantagem. Os resultados estão à vista: apesar de algumas reformas positivas produzidas no sector, o seu preço terá sido demasiado elevado para os ganhos obtidos. A derradeira luta ficou por travar, adiada, com José Sócrates, o governo e a ministra a lamberem as feridas e a avaliarem os muitos danos sofridos, e a Fenprof aparentemente intacta, na essência do seu poder.
Independentemente de alguns erros cometidos na condução do processo, aquela espécie de mea culpa de José Sócrates na sua entrevista de ontem à RTP1 constitui, assim, apenas mais um sinal de fraqueza perante professores e respectivos sindicatos, o que muito contribuirá para colocar à partida um eventual futuro governo PS em desvantagem, perante a Fenprof, em qualquer processo negocial, praticamente inviabilizando quaisquer futuras reformas no sector. Mais ainda, arrisca-se a ser vista como fruto de mero oportunismo eleitoral (não serei eu a afirmar o contrário), o que muito contribuirá para o seu total descrédito perante professores, sindicatos e eleitorado em geral. Um erro que José Sócrates, o PS e o país se arriscam a pagar bem caro.
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