sábado, setembro 05, 2009

O Dinamarca-Portugal e o erro-base de Queiroz

Com Liedson a selecção portuguesa ganhou finalmente um ponta-de-lança capaz de integrar e compreender com facilidade os seus princípios de jogo, de bola de pé para pé, num futebol apoiado de trocas rápidas de bola, privilegiando os desequilíbrios conseguidos no “um para um” ou nas desmarcações em pequenos espaços de terreno.

Para melhor integrar o jogador, Queiroz adoptou um sistema de jogo (4x4x2) que servisse de suporte a um modelo mais baseado na posse e circulação de bola, efectuada mais à frente, permitindo, desse modo, também ganhar mais vezes a bola no meio–campo adversário e assim criando com mais facilidade desequilíbrios no ataque, ao mesmo tempo que evita as cavalgadas contrárias no meio–campo português, responsáveis por algumas das derrotas dos últimos anos. Claro, last but not least, permitindo que Liedson tivesse companhia no ataque, como mais gosta de jogar.

Estranhamente, acabou por deixar Liedson no banco durante a 1ª parte, quando a equipa ainda mantinha o equilíbrio emocional (já agora: porque o perde com tanta facilidade?) que lhe permitia jogar de acordo com esses princípios. É nesse seu erro de base que Carlos Queiroz deve procurar a principal razão para o insucesso da equipa.
Nota: Bruno Alves que reveja com atenção a sua movimentação(?) no golo dinamarquês. Talvez assim compreenda porque continua no FCP.

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