Com as intermináveis análises sobre quem venceu ou perdeu os debates, com painéis de comentadores que chegam a roçar o patético (a Sic Notícias chegou a juntar Graça Franco, Luís Delgado e Bettencourt Resendes – salvou-se Ricardo Costa...), psicanalizando cada frase, cada trejeito ou gesto, as cadeias de televisão apenas pretendem preencher algum do seu tempo de antena e, simultaneamente, reivindicar o seu quinhão, o seu papel de intermediários naquilo que deveria ser, na sua essência, algo a dirimir de forma directa entre os intervenientes nos debates (políticos/candidatos) e os cidadãos eleitores.
Assim sendo, a avaliação dos debates deveria ser efectuada, isso sim, junto de quem os viu, através da utilização de uma metodologia do tipo “day after recall” e perguntando aos cidadãos, incluídos numa amostra, se irão votar, se já decidiram o seu voto e em quem, se os debates os fizeram mudar de opinião e porquê, se alteraram a sua decisão de ir votar em função do que viram e ouviram. Também o que retiveram como mensagem essencial de cada debate e da intervenção de cada um dos intervenientes, bem como o modo como avaliam e valorizam a qualidade da participação de cada político em alguns “items” ou “dimensões” previamente definidas.
Porque não o fazem? Bom, em primeiro lugar porque é caro; muito mais do que pagar a comentadores e politólogos que as televisões tentam assim valorizar aos olhos do público, conquistando audiências. Em segundo lugar, porque desse modo estariam a abdicar desse papel de “mediação”, de formatação da opinião pública que justifica a sua própria existência. O problema é que assim, um destes dias, os debates irão passar a processar-se como que em circuito fechado, falando os intervenientes cada vez mais para os “media” e menos para os eleitores. Perderão a sua razão de ser...
Assim sendo, a avaliação dos debates deveria ser efectuada, isso sim, junto de quem os viu, através da utilização de uma metodologia do tipo “day after recall” e perguntando aos cidadãos, incluídos numa amostra, se irão votar, se já decidiram o seu voto e em quem, se os debates os fizeram mudar de opinião e porquê, se alteraram a sua decisão de ir votar em função do que viram e ouviram. Também o que retiveram como mensagem essencial de cada debate e da intervenção de cada um dos intervenientes, bem como o modo como avaliam e valorizam a qualidade da participação de cada político em alguns “items” ou “dimensões” previamente definidas.
Porque não o fazem? Bom, em primeiro lugar porque é caro; muito mais do que pagar a comentadores e politólogos que as televisões tentam assim valorizar aos olhos do público, conquistando audiências. Em segundo lugar, porque desse modo estariam a abdicar desse papel de “mediação”, de formatação da opinião pública que justifica a sua própria existência. O problema é que assim, um destes dias, os debates irão passar a processar-se como que em circuito fechado, falando os intervenientes cada vez mais para os “media” e menos para os eleitores. Perderão a sua razão de ser...
2 comentários:
"salvou-se o Ricardo Costa"...
Não vi os debates, muito menos os pós debates, e, não querendo duvidar do que dizes, tenho alguma dificuldade em perceber que esse rapaz se salve nalguma coisa. Assim um pouco como o Carlos Queiroz e o Crstiano Reinaldo...
Já agora, para algo completamente diferente, e puxando a brasa à sardinha,sempre disse que o Rooney era o grande nome do M.U, , uma grande equiap de futebol, onde também jogava o Cristiano Ronaldo.
Espero que já tenhas enviado uma mensagem ao Filhote sobre o Ramires. O meu vai seguir hoje.
Um abraço
1.Para se salvar o Ricardo Costa, imagina bem os outros!!!Principalmente uma tal Graça Franco... Mas tb não acho o RC assim tão mau... Tudo é relativo!
2.Bom, partindo do princípio que tens qualquer coisa contra o CR,ainda hoje ao almoço salientava a grande equipa (seleção) que tem a Inglaterra, onde se incluí o Rooney como grande jogador, que é, mas tb o Gerrard, Lampard, etc. Bastou um seleccionador que sabe o que faz, como o Capello, para se ver!.
3. Não vi o jogo do United este fds. Infelizmente, pois até era com os Spurs, por quem tenho alguma devoção: foi em White Hart Lane que vi pela 1ª vez um jogo em Inglaterra, no fim dos 70s, contra aquela grande equipa do Nottingham Forest.
4. Tb só cheguei a casa a tempo de ver a 2ª parte do glorioso. O meu filho foi ao Restelo e confirmou a grande "joga" do Ramires. Mas acho não tenho o e mail do Filhote. Podes mandar-mo?
Abraço
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