quinta-feira, setembro 10, 2009

Pronúncias jornalísticas...

Claro que não exijo de jornalistas e comentadores desportivos uma pronúncia em línguas estrangeiras semelhante ao “received english” do carismático Fernando Pessa; exigir-lhes-ia, isso sim, maior rigor e mais conhecimentos, mas isso é outra conversa. Mas acho todos podemos e devemos pedir-lhes para que, mesmo em línguas com menos afinidades e menos conhecidas dos portugueses do que o inglês, francês e castelhano, tentem dizer algo de aproximado à pronúncia na língua de origem. Por exemplo, e reportando-me ao Hungria-Portugal de ontem, não crismem de “Ferenk Puskas” (nome do estádio onde o jogo se disputou) o grande jogador húngaro dos anos 50 do século passado que, na realidade, se chamava Ferenc Puskás, mas se lê "Ference Puskás" (muito fácil de pronunciar, aliás). Aliás, no que diz respeito à língua magiar, já de si bem estranha, parece existir uma concertada tentativa de a complicar ainda mais, pois, por exemplo, sempre me lembro de ouvir chamar "Gabriela Cezábo" à grande atleta romena "Gabriela Sábô" – escreve-se Szabo e o nome é húngaro.

Muito complicado, senhores jornalistas? Não; apenas preguiça. É que existe pelo menos um "site" onde se pode aprender a pronúncia correcta. Depois disso, com algum ouvido, basta tentar imitar. Importam-se de experimentar? Olhem que não custa nada...

2 comentários:

Rui disse...

Meu caro JC,

Para o que lhe havia de dar... Deixe lá os homens pronunciarem mal as linguas que ninguem fala.Se me falar de linguas que nos são afins ainda posso concordar...mas hungaro...Se você fosse comentar os jornalistas espanhois ou ingleses, esses sim, incapazes de pronunciar o que quer que seja de uma lingua que não a materna, então era o diabo.

Preocupe-se sim, com a substancia e os conteudos do fraco jornalismo que temos...

JC disse...

Mas custa mtº dizer Ference Puskás? E quando dizem Yorksháiare em vez de Yorkshere ou Yorkshiere? Mas reconheço sou um "chato" com estas coisas... Nobody's perfect...