Segundo se lê no "site" oficial da Presidência da República, Cavaco Silva fará amanhã às 20h uma “declaração à comunicação social”. Trata-se, portanto, de uma “declaração à comunicação social” e não de uma conferência de imprensa. Pergunta: se o PR é eleito por sufrágio directo e universal por todos os portugueses com capacidade eleitoral e o que está em causa será um problema tão grave como o das escutas (não vejo como possa ser outro), porque faz uma “declaração à comunicação social” e não fala directamente aos portugueses?
Bom, não querendo ser desde já definitivo, parece-me pelo menos estranho, mais parecendo indiciar que se poderá tratar apenas de uma breve explicação sobre a substituição do seu assessor de imprensa. Aguardemos...
Bom, não querendo ser desde já definitivo, parece-me pelo menos estranho, mais parecendo indiciar que se poderá tratar apenas de uma breve explicação sobre a substituição do seu assessor de imprensa. Aguardemos...
3 comentários:
Caro JC,
Estou em desacordo consigo. Tendo já manifestado sobejamente a minha opinião sobre este lamentável tema e tendo defendido que o PR deveria ter falado, mesmo que nada tivesse para dizer, antes do acto eleitoral, não me parece boa ideia a comunicação através de uma conferência de imprensa. Com efeito, não ganharíamos nada em ver um PR atrapalhado, sem jeito e sem respostas claras às perguntas óbvias de jornalistas. Penso que numa democracia se devem resguardar as instituições ao máximo e não fragiliza-las. Com uma conferência de imprensa não era ACS que sairia fragilizado. Eram provavelmente,todos os portugueses.
Engano, meu caro Rui. Não defendo a conferência de imprensa, mas sim uma comunicação directa ao país, aos portugueses dos quais é Presidente. Apenas compreenderia (em termos gerais e abstractos) que ACS fizesse uma comunicação à imprensa no caso de se tratar de uma Conf. de Imp. e, portanto, ter direito a perguntas e respostas. Se não é assim, pq não fala directamente connosco, que tb directamente o elegemos? Parece-me, portanto, que estamos de acordo, mas admito contraditório, claro.
Abraço
Francamente que quando você escreveu "Trata-se, portanto, de uma “declaração à comunicação social” e não de uma conferência de imprensa." entendi que você admitia que o formato que devia ser usado era o da CI. A sua prosa, reconheça, não terá sido muito clara...
E, já agora a substancia que vai estar inerente à “declaração à comunicação social” seria exactamente a mesma, se ACS falasse directamente aos portugueses. Não será contudo, apenas uma questão de semântica, mas uma questão de consideração (neste caso de desconsideração) pelo povo português, nomeadamente por aqueles que o elegeram.
Abraço
Rui
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