Acabei de ouvir um jornalista da RTPN (Alexandre Santos) dirigir-se ao treinador Steve McLaren (a quem tratou por Mr. McLaren, em vez de Steve, ignorando as regras de tratamento comuns nos países anglo-saxónicos), na conferência de imprensa após o SCP-Twente, perguntando-lhe sobre o jogo da “second hand”, querendo obviamente referir-se à segunda-mão da eliminatória que em inglês se designa por “second leg”. Pergunta: será que os jornalistas desportivos designados para este tipo de funções não deveriam, no mínimo, dominar o vocabulário inglês base do futebol? A culpa nem sequer é dele, coitado, mas de quem teria obrigação de lhe proporcionar a formação adequada.
6 comentários:
O analfabetismo, sob diversas formas (desde a incultura grosseira ao iletrismo puro e simples), é recorrente, a todos os níveis, no jornalismo em Portugal. O seu post sobre o debate Costa-Santana ilustra uma das muitas facetas desse fenómeno.
Portanto, não há motivo para espanto com certas escolhas: trata-se de um claro exemplo de "the blind leading the blind".
Cumprimentos
Excelente comentário. Obrigado.
JC,
Por vezes fico irritado... consigo... Voçê está "podre" de saber que o jornalismo desportivo não tem qualidade! E quanto a reporters ainda pior... You pay peanuts... you get monkeys...
Mas, mais chocante ainda, é o jornalismo economico. Não percebem literalmente nada de nada. E confundem tudo, com uma boçalidade inqualificavel. Confrangedor!
Rui:
Pois, mas há que insistir e não nos conformarmos! E quanto ao jornalismo económico não acho o problema seja tão grave. Há muita promiscuidade de interesses, claro, mas existem alguns bons jornalistas. Sarsfield Cabral, por exemplo.
Por acaso é meu primo...Mas a excepção confirma a regra.E, a regra é assistirmos aos mais basicos atropelos confundindo tudo como por exemplo milhares com milhões...E não perceberem nada sobre o que escrevem. Olhe que tenho muita razão...
Não posso deixar de partilhar o comentário do Rui. O jornalismo dito económico em Portugal é confrangedor!! 1 . Não percebem nada do que estão a escrever (conhecimento técnico de economia, finanças e contabilidade é nulo); 2. São de uma falta de rigor impressionante quando publicam qq número (por mais simples que seja); 3. Nunca vi uma análise ligeiramente mais profunda em qualquer jornal económico português, limitam-se a relatar as coisas da forma mais superficial possível e o leitor fica a pensar o que será que se passou mesmo ... É uma pobreza ...
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