O assaltante sobrevivente do assalto ao BES de Campolide foi hoje condenado pela Justiça a 11 anos de prisão efectiva, uma pena que me parece justa e proporcionada. Significa isto que, se tudo correr bem para si e para todos nós (faço votos para que isso aconteça), poderá ter direito a liberdade condicional e a tentar refazer a sua vida dentro de seis ou sete anos, já que é bastante novo. Esta oportunidade, que só honra um país que se pretende civilizado e que seria desejável viesse a ser bem sucedida, resolveu a PSP, com a conivência do governo ao ceder ao securitarismo mais primário, não conceder ao seu companheiro de assalto que, recorde-se, não integrava, tanto como o agora condenado, nenhuma rede de grande criminalidade organizada. Boa sorte, pois, para o cidadão Welligton Nazaré e os votos de que seja possível ter uma vida digna após a cumprimento da justa pena a que a sociedade o condenou.
2 comentários:
Acho pena demasiado pesada para quem se limitou ao papel de "ajudante-cúmplice" durante o assalto (o principal autor seria o homem que veio a morrer). Tanto quanto li o juiz foi mesmo além da pena pedida pela acusação (7 anos).
Agora gostava de saber como é que o Wellington vai pagar os 35.000 euros a que foi multado (10 mil para cada um dos dois polícias sequestrados e 15 mil para o BESCL), se não tem meios de subsistência, nem herança nem nada. Será que vai começar a jogar no Euromilhões enquanto estiver preso? E qual a razão daquelas indemnizações? Alguém me pode elucidar?
Mas olha, caro Rato, face à histeria securitária que por aí vai (ainda ontem o Mário Crespo se mostrava indignado) e ao impacto mediático que o assalto gerou e do qual o juiz dificilmente se poderá abstrair, acho + ou - justa a pena. O tal Wellington é um pobre diabo e escapou de boa. Desejo-lhe toda a sorte do mundo. Como vai pagar? Não sou jurista; não faço ideia como tal se processa, mas vou tentar informar-me. Mas espero que o juiz tenha tido em atenção as suas poucas qualificações e a necessidade de, acima de tudo, poder vir a ter meios de subsistência necessários á sua futura e indispensável integração na sociedade.
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