Carl Orff - Schulwerke: "Gassenhauer"
Da banda sonora de "Badlands", de Terence Mallick (1973)
De Terence Malick tinha ficado com uma vaga boa ideia desde que, nos anos 70, tinha visto “Days Of Heaven” e “Badlands”, salvo erro no velho Apolo 70 (quase juro um deles foi por lá). Uma boa vaga ideia, já que não mais tornei a ver o primeiro e o segundo houve que esperar por uma reposição televisiva nos anos 90 para que a “boa” se confirmasse e a “vaga” se tornasse mais presente. Dessa boa vaga ideia tinha-me restado um certo sentido poético da tragédia e uma fotografia (mais em “Days Of Heaven”) que me remetia para o meu bem e muito amado Hopper. Enfim, Mallick passou a constituir para mim uma quase, quase lenda. Talvez por isso a semi-decepção de “Thin Red Line”, a piscar o olho ao bom selvagem e - sempre achei – com uma boa ½ hora a mais. Mas adiante que não é a isto ao que venho.
De Carl Orff (1895-1982) estamos do “Carmina Burana” fartos, de mega-concertos de estádio a publicidade quanto baste ou, até, música de elevador (aliás, a peça, composta no auge do nazismo, esteve sempre envolta, tal como o próprio Orff, em grande polémica). De tal modo que nos acontece com a Cantata de Orff o que se passa em relação a quem nos é demasiado próximo: acabamos por perder o sentido crítico.
Mas nem só de “Carmina Burana” se faz Orff - e ainda bem. Também de Schulwerk (“trabalho escolar” – um método desenvolvido por Orff para a educação musical) e do pequeno trecho Gassenhauer (“canção de rua”), nele incluído, que Mallick foi repescar para “Badlands” e que tanto marca a acção e a recordação do filme. Uma boa razão para recordar Orff.
De Carl Orff (1895-1982) estamos do “Carmina Burana” fartos, de mega-concertos de estádio a publicidade quanto baste ou, até, música de elevador (aliás, a peça, composta no auge do nazismo, esteve sempre envolta, tal como o próprio Orff, em grande polémica). De tal modo que nos acontece com a Cantata de Orff o que se passa em relação a quem nos é demasiado próximo: acabamos por perder o sentido crítico.
Mas nem só de “Carmina Burana” se faz Orff - e ainda bem. Também de Schulwerk (“trabalho escolar” – um método desenvolvido por Orff para a educação musical) e do pequeno trecho Gassenhauer (“canção de rua”), nele incluído, que Mallick foi repescar para “Badlands” e que tanto marca a acção e a recordação do filme. Uma boa razão para recordar Orff.
5 comentários:
O que eu andei para chegar a esta música do Carl Orff. Conheci-a do anúncio do JB. Vi o filme do Terence Mallick numa sessão de " O Meu Cinema" que o João Benard da Costa apresentava na RTP 2. Cada vez que o filme passava na Cinemateca. Em tempo contou a história no sítio do costume. Andei à procura da banda sonora mas nunca encontrei, parece que não fizeram disco. Mais tarde uns amigos fizeram-me a surpresa com a oferta doSchulwerk do Carl Orff.
O que é curioso é que a música e ao autor estão escarrapachados no genérico do filme, mas nunca atentei no pormenor porque fechava os olhos para ouvir a música. Já tinha o disco,quando ao ver o filme em DVD, já não fehavava os olhos e está lá tudo.
Coisas diabólicas...
Excelente a ideia de colocares o trecho em "O Gato Maltês"
Um abraço
1. Deve ter sido na RTP2 que eu o vi (o filme) pela 2ª vez e vi de quem era o tema, pois da 1ª vez não o fixei! Mas, devo dizer-te, não o tenho em disco.
2. Pois! E eu que não me lembrava do raio do anúncio do JB!
3. E viste o "Thin Red Line"?
Abraço
Vou sair de Lisboa por uns 4/5 dias e não queria deixar a tua pergunta sem resposta. Não foste só tu a enfrentar a decepção com o "Thin REd Line", houve outros ecos. Esses ecos levaram-me a não ver o filme e a colocá-lo naquela lista de " a ver", porque terei mesmo de o ver Aguarda apenas oportunidade.
Um abraço
Tenho de rever o filme um dia destes pois estranhamente não o consigo associar à música do Carl Orff.
Mas olha que, apesar de tudo, é importante ver, Gin-Tonic.
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