No “Bicho Carpinteiro”, José Medeiros Ferreira propõe a passagem do dia 24 de Julho de 1833 (dia da entrada do exército liberal vitorioso em Lisboa) a feriado nacional. Apoio totalmente a ideia e nem sequer chego bem a entender porque nunca o foi, pois essa data representa, de facto, o dia em que Portugal se assumiu politicamente como uma nação moderna.
Mas, simultaneamente, e embora não sendo monárquico, penso ser de todo em todo lógico que esse feriado substitua o de 5 de Outubro, já que a questão do regime (monarquia ou república) não faz hoje qualquer sentido na sociedade portuguesa e é apenas motivo para estabelecer uma falsa e artificial divisão entre os cidadãos deste país que se revêm na democracia e na liberdade.
24 de Julho e 25 de Abril, esses sim, são dois marcos que assinalam os valores da liberdade e modernidade na nação portuguesa, que identificam e unem quem se revê nos valores da civilização, e, como tal, dignos de serem devidamente lembrados e comemorados.
Mas, simultaneamente, e embora não sendo monárquico, penso ser de todo em todo lógico que esse feriado substitua o de 5 de Outubro, já que a questão do regime (monarquia ou república) não faz hoje qualquer sentido na sociedade portuguesa e é apenas motivo para estabelecer uma falsa e artificial divisão entre os cidadãos deste país que se revêm na democracia e na liberdade.
24 de Julho e 25 de Abril, esses sim, são dois marcos que assinalam os valores da liberdade e modernidade na nação portuguesa, que identificam e unem quem se revê nos valores da civilização, e, como tal, dignos de serem devidamente lembrados e comemorados.
2 comentários:
Caro JC
Também concordo.
A 1ª Republica, movimento essencialmente urbano, culminou numa sucessão de golpes, assassinatos, instabilidade, bancarrota, a entrada de Portugal num conflito mundial que, na sua essência, pouco nos dizia respeito, circunstâncias que muito favoreceram a emergência do Estado Novo.
Nunca logrou conquistar o povo e o país real, ainda chocado com o regicídio ocorrido dois anos antes da implantação.
Comemorar então o quê ??
Faz realmente mais sentido comemorar o triunfo definitivo do liberalismo e o começo da modernização e desenvolvimento geral do país, aliado aos grandes movimentos literários do romantismo e realismo que produziram génios literários da nossa história.
Será também de sugerir que a ICAR “abdique” de um ou outro feriado religioso, cuja permanência pouco sentido fará num Estado que, constitucionalmente ,se afirma laico, tolerante, não discriminatório, aberto a todas as confissões e liberdades religiosas.
Haja quem consiga explicar a “ratio” de certos feriados religiosos , salvo a ida à praia e a marcação de uma oportuna e rendosa segunda ou sexta-feira no mapa das férias.
Com os cumprimentos.
JR
Bom, caro JR, não tenho assim uma visão tão negativa da 1ª república, embora esteja ainda mais longe do retrato idílico que dela pintam os velhos republicanos e maçons. Concordo consigo s/ a anulação de alguns feriados religiosos. De facto, se compreendo o Natal (já deixou de ser uma festa religiosa) e o dia de Todos os Santos, que sentido têm, mesmo para a maioria dos católicos, os feriados de Corpo de Deus, de 14 de Agosto, dia da Assunção, ou de 8 de Dezembro, dia da Padroeira? Mas compreendo que seria abrir um conflito inútil com a Igreja Católica... Hoje em dia - tem razão - não são mais do que pretextos para uma "folgazita". mas tb não é por causa disso que o país tem problemas...
Cumprimentos
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