Já li em pelo menos dois jornais, o “Mais Futebol” ("on-line") e o”i” (em papel), a notícia de que as camisolas de Cristiano Ronaldo se teriam esgotado, sinal de uma procura que teria excedido todas as expectativas. Pode até ter acontecido, mas, sejamos claros: colocar propositadamente no ponto de venda uma quantidade de produto ligeiramente inferior (apenas ligeiramente) àquela que se espera vender, quando se sabe estar perante algo que irá ter grande procura e em relação ao qual existe enorme expectativa no mercado, é uma “velha e relha” técnica de “marketing” que permite potenciar essa expectativa já existente e “construir” para os “media” uma notícia, um “facto político”, que irá, ainda mais, aumentar a apetência e as subsequentes vendas do produto.
Claro que essa "sub-stockagem" nunca poderá ser demasiado elevada, pois isso acabaria por poder criar algum mal-estar no mercado face ao produto e ao vendedor e, desse modo, originar perda de vendas desse mesmo produto e até de outros da mesma origem, por desistência. Exactamente pelo mesmo motivo, também essa ruptura de stocks no ponto de venda nunca poderá ultrapassar umas horas, muitas vezes “esgotando” o produto uma ou meia hora antes do encerramento da loja e estando de novo disponível no dia seguinte, quando da sua abertura. Mas, mais uma vez, o que tudo isto prova é que, face a um investimento tão elevado, o Real Madrid não irá deixar nada ao acaso (alguém, para além dos jornalistas e comentadores do costume, assim pensou?), actuando com enorme rigor e profissionalismo para maximizar o seu retorno.
Prova também, como se isso fosse preciso, o grau de sofisticação que a indústria “futebol” já alcançou nos seus mercados de vanguarda - Inglaterra e Espanha - e sua internacionalização em que agora o Portugal ibérico (atenção clubes portugueses!) é agora um mercado cada vez mais relevante. E, por fim, mostra também a “intimidade” cada vez mais necessária entre clubes e “media” para que ambos, em conjunto, contribuam e lucrem com o êxito do negócio.
Claro que essa "sub-stockagem" nunca poderá ser demasiado elevada, pois isso acabaria por poder criar algum mal-estar no mercado face ao produto e ao vendedor e, desse modo, originar perda de vendas desse mesmo produto e até de outros da mesma origem, por desistência. Exactamente pelo mesmo motivo, também essa ruptura de stocks no ponto de venda nunca poderá ultrapassar umas horas, muitas vezes “esgotando” o produto uma ou meia hora antes do encerramento da loja e estando de novo disponível no dia seguinte, quando da sua abertura. Mas, mais uma vez, o que tudo isto prova é que, face a um investimento tão elevado, o Real Madrid não irá deixar nada ao acaso (alguém, para além dos jornalistas e comentadores do costume, assim pensou?), actuando com enorme rigor e profissionalismo para maximizar o seu retorno.
Prova também, como se isso fosse preciso, o grau de sofisticação que a indústria “futebol” já alcançou nos seus mercados de vanguarda - Inglaterra e Espanha - e sua internacionalização em que agora o Portugal ibérico (atenção clubes portugueses!) é agora um mercado cada vez mais relevante. E, por fim, mostra também a “intimidade” cada vez mais necessária entre clubes e “media” para que ambos, em conjunto, contribuam e lucrem com o êxito do negócio.
3 comentários:
O seu comentário sobre marketing estratégico é elementar meu caro JC. Mas apesar de tudo o prof do R Madrid, clube de que sou sócio... ai que tener mui cuidado... Os galaticos a certa altura foram um fiasco e por nuitos deuses que venham, se não ganharem, o areópago cai-lhes em cima! Repare por exemplo no inadmissivel fiasco da segurança dos merengues durante a apresentação do CR...nem tudo é pois exemplar em termos de corporate organization.Portanto, caro JC esperemos a ver se este cocktail divino, produzirá (os meus desejados) resultados positivos. Quanto aos clubes portugueses, obviamente que irão estar cada vez mais à mercê de quem pode bater a nota. Por isso é que a sua sobrevivência passará mais e mais e mais pelas tais escolinhas...
Peço imensa desculpa pelo lapso. Queria referir-me a marketing tático e não estratégico. Sorry...
Não vi essa parte do fiasco da segurança, Rui. Como disse noutro comentário, a paciência para ver certas coisas tb se esgota. por isso não me pronuncio. Mas, claro, nada funcionará se o CR não jogar a um nível elevado e o clube não ganhar.
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