Para o que são os objectivos pessoais de Manuel Alegre de conseguir a indigitação como candidato presidencial com o apoio oficial do PS e com hipóteses de ganhar - e apenas isso o move neste momento -, uma derrota do partido nas eleições legislativas, com a entrada em funções de um governo PSD ou PSD/CDS com o apoio de Cavaco Silva e atirando o PS para a oposição com as mãos livres de responsabilidades governamentais e o mal disfarçado desejo revanchista face a Cavaco Silva, seria o cenário mais favorável. De facto, não se está bem a ver como um governo PS, com José Sócrates como primeiro-ministro, poderia facilmente conviver com o apoio a uma candidatura e eventual co-habitação com um Presidente da República como Manuel Alegre. Por ele próprio, pela sua inabilidade e populismo políticos, mas também pelas posições de que se tem feito porta-voz e corresponderiam, de certo modo, a importar um pouco das ideias e propostas do “Bloco de Esquerda” e do PCP para a presidência do Estado. Daí que, até Setembro, não seja de estranhar que se venham a multiplicar as suas tomadas de posição críticas, como a do “Expresso” de hoje, face ao governo, José Sócrates e à linha oficial do PS. É que a cada voto perdido pelo partido nas eleições legislativas poderá corresponder um ou mais votos ganhos por si nas futuras presidenciais. Será duro para o PS constatar isto, mas é a triste realidade da vida.
2 comentários:
Já não há pachorra para este tipo de esquerda académica neoidioticoromantica. Este poeta , cujos dotes literários serão substancialmente superiores aos politicos, tem vindo num crescendo de afrontamentos deselegantes ao seu partido socialista. Desconhecendo por completo o funcionamento do mundo, diz obviamente imensas asneiras, sendo de estranhar (ou não) porque é que o toleram e dele têm medo.Eu acho que é porque os partidos ditos democráticos andam todos de cabeça perdida, sem rumo, obrigados a navegar à vista, apenas orientados pela caça ao voto, sem lideranças fortes e sem soluções. Preocupante! Claro que isto é verdade para o mundo em geral e em particular para o chamado Ocidente. Vivemos uma fase de mudança, que vai ser uma idade média longa, mas necessária ao emanar de novas ideias e propostas sustentaveis (que funcionem portanto)para a sociedade gobal. Provavelmente, iremos ter muito más noticias nos tempos mais próximos, indispensaveis para que tudo bata bem no fundo (falência do modelo socio-económico e ético)e que se criem condições para um renascimento. São fases da história...
Ou serei eu o idiotia?
Alegre é um bom poeta e um homem de cultura estimável. O resto... E estou de acordo consigo: navega-se demasiado à vista... Quanto ao que o futuro nos reserva... Veremos.
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