A estupidez humana não tem limites e a cretinice de jornalistas e comentadores desportivos, na sua generalidade e com poucas excepções, também não. Agora interrogam-se sobre se o “movida” madrilena irá ou não “engolir” Cristiano Ronaldo, se as inúmeras solicitações de uma grande cidade não irão prejudicar o seu rendimento enquanto atleta. Até há quem sugira que se case, o que teria sérias hipóteses de se tornar no começo do fim do negócio!
Bom, no Manchester United Cristiano era apenas um jogador de futebol, mesmo que o melhor, e, nesse sentido, apenas se lhe exigia que jogasse muito bem à bola e contribuísse para que o clube conquistasse títulos. A sua vida pessoal, desde que não obstasse seriamente a este objectivo essencial, era relativamente indiferente e mesmo numa cidade relativamente provinciana como Manchester, quem ganha o que Cristiano ganhava facilmente poderia organizar a “movida” na sua própria casa.
Agora, no Real Madrid é uma “pop star”, num modelo de negócio que irá potenciar esta sua vertente: só assim poderá tornar rentável um tão elevado investimento. Deste modo, alguém no seu perfeito juízo poderá pensar que o seu novo clube irá deixar a gestão da vida deste seu activo tão valioso à casualidade e aos humores e desejos do jogador? Às “tentações”? Por certo não pensará, e a vida profissional e pessoal do recente CR9, a partir de agora unidas num todo não mais separável, irá ser gerida com pinças pelo seu novo clube, num equilíbrio que lhe permita, tanto quanto possível, manter esse seu novo estatuto de vedeta do espectáculo: isto é, jogar o suficientemente bem para não perder a imagem de grande jogador e, fora do campo, criar suficientes motivos de interesse para os “media” de modo a que a sua imagem de “pop star” se mantenha e fortaleça. A história de Paris Hilton já aí está para o provar.
Um equilíbrio difícil, mas no qual o Real Madrid já pensou e nunca, mas nunca, irá deixar, ao contrário do que alguns comentadores pensam, ao sabor dos acasos de momento e das decisões do jogador. É que 94 milhões (fora os ordenados e "fringe benefits"), mesmo para Florentino Perez e para o Madrid, é mesmo muito dinheiro.
Bom, no Manchester United Cristiano era apenas um jogador de futebol, mesmo que o melhor, e, nesse sentido, apenas se lhe exigia que jogasse muito bem à bola e contribuísse para que o clube conquistasse títulos. A sua vida pessoal, desde que não obstasse seriamente a este objectivo essencial, era relativamente indiferente e mesmo numa cidade relativamente provinciana como Manchester, quem ganha o que Cristiano ganhava facilmente poderia organizar a “movida” na sua própria casa.
Agora, no Real Madrid é uma “pop star”, num modelo de negócio que irá potenciar esta sua vertente: só assim poderá tornar rentável um tão elevado investimento. Deste modo, alguém no seu perfeito juízo poderá pensar que o seu novo clube irá deixar a gestão da vida deste seu activo tão valioso à casualidade e aos humores e desejos do jogador? Às “tentações”? Por certo não pensará, e a vida profissional e pessoal do recente CR9, a partir de agora unidas num todo não mais separável, irá ser gerida com pinças pelo seu novo clube, num equilíbrio que lhe permita, tanto quanto possível, manter esse seu novo estatuto de vedeta do espectáculo: isto é, jogar o suficientemente bem para não perder a imagem de grande jogador e, fora do campo, criar suficientes motivos de interesse para os “media” de modo a que a sua imagem de “pop star” se mantenha e fortaleça. A história de Paris Hilton já aí está para o provar.
Um equilíbrio difícil, mas no qual o Real Madrid já pensou e nunca, mas nunca, irá deixar, ao contrário do que alguns comentadores pensam, ao sabor dos acasos de momento e das decisões do jogador. É que 94 milhões (fora os ordenados e "fringe benefits"), mesmo para Florentino Perez e para o Madrid, é mesmo muito dinheiro.
8 comentários:
Caro JC: Ainda estou de boca aberta com o que fui espreitando ontem na televisão. Realmente aquela conferencia de imprensa não deu para acreditar. Ouvi das maiores bacoradas pela boca fora de jornalistas, aliás como você bem observou. E devo sublinhar que o uinico aspecto positivo para mim veio da parte do CR agora 9 que me surpreendeu pela desenvoltura com que lhes foi respondendo em três linguas diferentes e de uma forma muito aceitavel.
Não posso deixar de referir que ouvi num canal (penso que foi na TVI24) um jornalista de nome Manuel Queirós muito incomodado com a presença do King Eusébio...Que não tinha nada que lá estar, que era do SLB etc, etc... Para esse senhor aqui vai o gestual do malogrado Mauel Pinho: CORNOS!
Eles podem ganhar tudo, comprar os jogadores todos, o Pinto da Costa receitar António Nobre, trinta por uma linha, o Benfica está sempre entalado nas gargantinhas. Não engolem, não respiram... não vivem!
O maguito do Zé Povinho também fica bem!...
Mr. Bombay Sapphire tonic:
"...o Pinto da Costa receitar António Nobre,..."
O António Nobre é para tomar via oral ou em supositórios?
Agora a sério: o que é que o cú tem a ver com as calças?
1.Vi pouco e com pouca atenção: a paciência não é inesgotável. Mas, por acaso, apanhei a meio essa conversa do Manuel Queirós. Claro que a presença de Eusébio ao lado de Alfredo Di Stéfano faz todo o sentido, pois são talvez as duas maiores legendas do futebol ibérico (apesar de Di Stefano ser argentino, mas enfim...)e elementos marcantes de 2 equipas que fizeram História: o madrid dos anos 50 e o SLB dos anos 60.
2. O Gin-Tonic, amigo avisado, fugiu-lhe a boca para a verdade: António Nobre por PC nunca poderia ser recitado; só pode mesmo ser "receitado". Mas, caro Rui, discordamos quanto à marca de gin: o melhor é o Tanqueray!
Carissimo JC,
São gostos... Por falar em CR9 , aqui vai o top9 dos gins:
http://www.bluekitchen.net/ultimategins.html
um abraço bem tónico.
Nada a ver, caro Rui. Acontece apenas que Manuel Queiroz é um comentador rasca. Não peço que deixe o clube à porta do estúdio, só peço que não ofenda quem o está a ouvir. Só im bronco pode ter a opinião que o Eusébio não deveria estar ali. Apenas isso.
Quanto aos gins tenho sobre eles a mesma opinião que tenho sobre uma série de coisas: vinhos, comidas, etc. A ideia de que tudo depende de como nos sentimos, com quem estamos, o tempo. Dizer qual o melho é-me dificil. Gosto dos dois mas o Bombay é o preferido. Mas a talhe de gin deixe-me dizer-lhe que o gin que melhor me soube, bebi-o num café na bomba de gasolina que havia em Alfeizerão, metendo moedas numa juke box para ouvir Joe Dolan a cantar Make me an Island. O gin era Bols, a tónica Canada Dry, o limão não tinha casca porque as mesmas eram aproveitadas para os Martinis, o gelo era tirado das paredes da arca dos OLás, mas não voltei a beber outro como aquele. Porque tem a ver com o resto.. e o resto...e o resto...
Um abraço
Mr. Bols,
...E o resto deveria ser pelos vistos fantástico! Linda de morrer, para si... Fez-me lembrar umas ostras arrancadas na hora, que comia na praia da Ponta do Ouro, em Moçambique...Ostras &... ostras...
um abraço tambem para si.
Olá Rui!
Pelos vistos mais um conterrâneo do Rato por estas paragens...
Eu era mais Bilene e Xai-Xai do que Ponta do Ouro. Mas a selvagem Macaneta junto a Marracuene era o destino que mais fazia as minhas delícias, até pelo barco em que tínhamos de navegar o Incomáti para lá chegarmos.
Um abraço
Enviar um comentário