terça-feira, julho 14, 2009

Aerosoles

O caso Aerosoles, com os americanos “donos” da marca (Aerogroup) a proporem o fim da fabricação em Portugal, a intensificação das compras à China e o pedido para que “copiassem mais”, parece ser um exemplo paradigmático da posição do país na chamada “divisão internacional do trabalho”: custos de produção já demasiado elevados face aos países emergentes e ainda um grau demasiado baixo de “conhecimento” e de capacidades sinergéticas, de dimensão, para se tornar um centro de R&D, quer na área no “design”, "marketing" ou desenvolvimento de novos produtos. Um país intermédio, com todos os problemas daí decorrentes.

Ou estou muito enganado ou a nova marca portuguesa recém criada nos despojos da Aerosoles (MoveOn) irá experimentar muito em breve o sabor amargo desta mesma realidade e sofrer-lhe as consequências. Por enquanto, vale a boa vontade e o optimismo, mas oxalá não seja “um engano de alma ledo e cego...”.

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