Nos meus tempos de final de adolescência e início de idade adulta, a maioria dos casamentos "era de fraque" (para os homens, claro). Problema grave, pois acontecendo tal coisa, por norma, no Verão e sendo o fraque uma indumentária quente e pesadona (ainda não existiam estes fraques de agora, feitos de materiais mais "leves"), "rapava-se" um calor de morte. Lembro-me de ir uma vez, com os meus pais e restante família, a um casamento em Coimbra, num mês de Junho ou Julho e aí pelo início dos anos 70, quando os carros não tinham ar condicionado e auto-estrada chegava até... Vila Franca. Pois como estava um dos tais "calores de ananases", para não chegarmos em estado calamitoso lá tivemos, à entrada de Coimbra, de arranjar um sítio para vestirmos os fraques e nos apresentarmos, frescos que nem "alfacinhas", ao dito cujo enlace... Depois, com o 25 de Abril e a liberalização dos costume, o "dress code" dos casamentos aligeirou e, hoje em dia, apenas a pais dos noivos e padrinhos é requerida normalmente tal indumentária. E como há muito o "fraque" deixou de ser obrigatório nos enterros e em Portugal (apesar de alguns monárquicos "patuscos") não há rei nem o "royal enclosure" de Ascot, as coisas ficam-se por aí.
Não, mas não vou dizer como e com quê se deve usar "fraque": qualquer manual barato de etiqueta e boas maneiras refere tal coisa. Há no entanto um erro, ou omissão habitual, quanto a tal coisa: contrariamente ao que se pode ler em tais manuais, não é absolutamente necessário usar uma camisa branca. Uma camisa de cor clara (azul-clara ou cor de rosa, por exemplo), ou até de riscas leves com essas mesmas cores, desde que com colarinho e punhos brancos, é muito mais "catita" do que uma simples camisa branca. E marca, claro, bem a diferença.
3 comentários:
Não faço comentários. Não uso :-)
Como já casei filhos e não espero convites p/ padrinho, acho não tornarei a usar.
Ja me deixei ca de dress codes há mt. Tenho a arte de me descartar dos casamentos.
Enviar um comentário