Tenho respeito profissional por Eduardo Catroga, com ou sem "pintelhices". Pelo facto de ter sido excelente aluno (o que por vezes pouco significa) mas, principalmente, pelo seu percurso num grupo empresarial que tinha fama, e também proveito, de ser excelente escola de quadros: quem fez nele um percurso como o de Eduardo Catroga só pode mesmo ser competente. Para além disso, quando chegou à política Catroga não era um arrivista em busca de enriquecimento rápido, era também já alguém com provas dadas e proveitos financeiros adquiridos no decurso da sua vida profissional. Politicamente, já o caso é outro: discordo de muitas das suas opções, do seu estilo um tanto ou quanto "trauliteiro" e até acho que terá tanto jeito para a política como eu... sei lá, para desenhar, actividade na qual sou perfeita e assumida nulidade.
Mas vem este preâmbulo a propósito do artigo/panegírico editado hoje pelo "Público" e assinado por São José Almeida. Duas questões me assaltam depois da respectiva leitura:
- Será que o "homem" (Catroga) não tem defeitos? Bom, a não ser que se assuma como tal o facto de ser amigo de Cavaco Silva. Enfim, pode ser, já que tendo travado conhecimento, "in illo tempore", com o Cavaco Silva-professor, concordo que ser seu amigo só pode mesmo ser defeito.
- Estranho que o artigo/panegírico seja assinado por alguém (São José Almeida) cujas posições políticas, expressas nos seus artigos de opinião publicados no jornal, estão sempre muito próximos da esquerda radical. Malhas que Azevedo tece?
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