Parece-me absolutamente normal e desejável que a direção do Partido Socialista se encontre com a chamada "troika" para avaliação do modo como estar a ser aplicado o MoU que o partido assinou e se responsabilizou cumprir. Que nessas reuniões se analisem as repercussões que o seu correcto ou incorrecto cumprimento está a ter no mundo social, do trabalho e das empresas. Já me parece mais questionável que António José Seguro anuncie que "vai propor à "troika" que sejam dados incentivos às empresas que contratam jovens...". Não que a ideia seja em si disparatada, embora tenha dúvidas quanto à sua eficácia no momento presente, mas não penso seja à "troika" que tais propostas ou quaisquer outras com implicações governamentais devam ser endereçadas pela oposição, mas sim ao primeiro-ministro e ao governo legítimos (goste-se ou não) da nação. É que do modo como anuncia irá agir, o Partido Socialista acaba por legitimar a "troika" como governante "de facto", isentando assim Passos Coelho, o governo e os partidos que o apoiam das responsabilidades da governação e respectivas consequências.
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