Marty Wilde - "Bad Boy"
Marty Wilde - "Rubber Ball"
British Rock n' Roll (III)
Confesso que acho Marty Wilde (sim, é o pai de uma tal Kim Wilde) qualquer coisa assim a modos que para o mauzote. Mas não só é incontornável quando se fala do rock n' roll britânico, como, para mim, tem um valor estimativo: a primeira versão que ouvi do original de Bobby Vee "Rubber Ball" foi a dele, andava eu para aí pela pré-adolescência. Apesar de não gostar particularmente de Bobby Vee e o tema ser apenas mais um, nunca me esqueci, e, depois de chegada a adolescência e a idade adulta e travado conhecimento com o original de Vee, lá fui em romagem de saudade à procura da versão de Wilde (1961). Digamos que não fica a dever muito ao original, o que para o caso não será grande elogio.
Wilde, como muitos dos primeiros "rockers" britânicos, especializou-se em "covers" e a sua primeira gravação foi mesmo uma versão de um original de Jimmie Rodgers, "Honeycomb" (1957). Sem história. Mas andei a vasculhar e descobri - imaginem lá! - que o seu primeiro original, "Bad Boy" (não conhecia), foi editado apenas em 1959, tendo-se Wilde entretido pelo caminho com versões de Phil Philips (gosto muito do original de "Sea Of Love" mas a versão de Wilde é um desastre), Ritchie Valens, Dion e por aí fora. Mas oiçam "Bad Boy" e digam-me lá se não tem qualquer coisa do Cliff Richard "rocker", dos tempos do 2'is Coffee Bar, de "Serious Charge" e "Expresso Bongo", e se a guitarra dos Wildecats (a banda de suporte de Marty) não vos faz lembrar... Hank Marvin, do tempo em que os Shadows ainda se chamavam Drifters e Jet Harris era o seu profeta.
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