O inenarrável Camilo Lourenço diz hoje no "Jornal de Negócios" que "um dos maiores problemas da classe política portuguesa é ter pouca ou nenhuma experiência empresarial". Espero não se estivesse a referir às de Passos Coelho e Relvas, mas certo, não nego a experiência empresarial, o seu "way of thinking" e a adopção de alguns princípios da gestão das empresas possam trazer uma contribuição positiva à política e à governação. Sem dúvida que sim, desde que o primado da política se mantenha. Mas o que me parece evidente é exactamente o contrário: o problema, o verdadeiro problema tem sido a chegada à política e a funções governativas, vindos das empresas do PSI 20, de universidades de gestão sem dúvida conceituadas e de organizações como o "Compromisso Portugal" e o "Fórum para a Competitividade" de gente sem qualquer experiência política, que, acima de tudo, despreza essa mesma política, age como se ela fosse desnecessária e pretende, não enriquecê-la com o rigor da sua experiência empresarial, mas substituí-la por princípios que lhe são estranhos e até adversos. Os Borges, Moedas e "tutti quanti" aí estão para o provar.
É que, e ao contrário do que diz Camilo Lourenço, talvez muito melhor ideia fosse as universidades de gestão mais conceituadas e as "blue-chip companies" passarem a incorporar nos seus "curricula" e "way of thinking" alguns princípios importantes da política e da boa governação. Acho ficaríamos todos a ganhar com o intercâmbio.
2 comentários:
Inenarravél...soa quase a elogio para tão abjeta figura.
Camilo Lourenço não tem ponta por onde se lhe pegue.
Andará certamente, como moço de recados (no sentido mas baixo) de Relvas, Borges, Moedas e quejandos.
O Camelo, perdão o Camilo, não merece que se perca um segundo que seja a ouvi-lo ou lê-lo.
Cumprimentos
De futuro, agradeço deixe o insulto de parte. Podemos criticar duramente sem sermos insultuosos. Vale?
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