terça-feira, outubro 16, 2012

Dispensável

Na actual situação, e não vale a pena adjectivá-la, existem duas coisas absolutamente dispensáveis na já por si pré-caótica conjuntura: 1. Cenas como as de ontem junto à Assembleia da República, protagonizadas por marginais aos quais a polícia, na sua obrigação de manter a ordem pública, nem sempre consegue responder com o profissionalismo e calma desejáveis; 2. Partidos políticos (principalmente, e neste caso, o PSD, com a agravante de ser o principal partido do governo) em risco de se tornarem reféns de autarcas e candidatos a tal. 1. No primeiro caso estamos perante acontecimentos que, se mal resolvidos, podem ampliar-se e degenerar em violência incontrolável com resultados dramáticos, apenas desejáveis pelos seus protagonistas. 2. No segundo caso, não me parece que grandes cedências à, demasiadas vezes pouco rigorosa, gestão autárquica seja um bom exemplo de controle da despesa e de rigor nas contas públicas, apesar de reconhecer o papel das autarquias no emprego local e o efeito multiplicador de algumas das suas actividades.

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