Uma selecção que tem a sua zona central de organização e finalização entregue a Rúben Micael e Helder Postiga, jogadores que na época passada eram suplentes utilizados do Real Zaragoza, uma equipa que lutou pela manutenção até à última jornada, um lateral-esquerdo sem pé esquerdo (Miguel Lopes), suplente do FCP, sem experiência do futebol de alto nível e que, por ausência do pé útil, não ajuda nos desequilíbrios ofensivos, não pode ter grandes ambições de ganhar a equipas com qualidade acima do Luxemburgo ou Azerbaijão. É esta falta de jogadores categorizados e desequilibradores, em conjunto com a péssima forma de outros (Nani), que constitui, de facto, o problema principal da selecção portuguesa quando tem de jogar contra equipas em "bloco baixo" e com um nível futebolístico já mediano, e não a não-convocação de Eliseu, o "sistema alternativo" e outras invenções da crítica. No fundo, os jogos com a Rússia e a Irlanda do Norte não foram assim muito diferentes: mais de 70% de "posse de bola" mas enorme lentidão de processos e consequentemente poucas oportunidades claras de golo. Na fase final de um Europeu, contra equipas de nível elevado, que jogam "de igual para igual", contra as quais é possível jogar em transições rápidas pelas alas e quando é possível treinar a mecanização colectiva durante algum tempo, o problema torna-se bem menos evidente, até porque também é possível "igualizar" mais a forma dos jogadores. E atenção a Israel...
2 comentários:
O Postiga suplente utilizado no zaragoza? Essa é boa. Das duas uma: ou não sabes do que falas, ou mentes com todos os dentes da boca.
Sim, tem alguma razão, embora não valha a pena ser mal educado. Corrijo: fez, salvo erro, 21 jogos completos, o que não altera mtº sobre o que digo no "post" em relação os problemas da selecção portuguesa e às características de Postiga.
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