O CDS está perante um dilema: por um lado, tem perante si a melhor "oportunidade de negócio" da sua vida com Paulo Portas, podendo aproveitar a actual extrema fragilidade do PSD, maior partido de um governo que bate recordes de impopularidade, para crescer como nunca o fez, embora para tal tivesse de abandonar esse mesmo governo; por outro, receia que a quebra da coligação possa ser tomada pelo país e por uma parte do seu eleitorado tradicional como causa de uma indesejável crise política que mergulhasse o país na incerteza, com as respectivas consequências penalizadoras em futuras eleições. No fundo, serão estes dois parâmetros extremos, em conjunto com os interesses empresariais mais directos de alguns dos seus dirigentes (Pires de Lima, por exemplo), que irão definir qualquer decisão do CDS sobre a sua continuidade no actual governo. Aceito seja para Paulo Portas uma decisão muito difícil.
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