Anda toda a gente demasiado distraída com o orçamento? Claro que a viabilização de um orçamento para 2011 que enfrente e comece a resolver o problema do “déficit” é indispensável, mas é apenas um ponto de partida. Nada mais do que isso. Querendo-me parecer que o PSD caminha no sentido da sua viabilização – assim vão alguns indícios? -, será agora o momento de começar a saber como vai o país, em termos de governo, enfrentar o day after, o year after e os ten years after; e, desculpem-me o pessimismo, aqui o problema é fundamentalmente da economia, estrutural, de competitividade, muito mais difícil, portanto, de resolver. Como sinal de esperança, digamos que esta conjuntura e este orçamento, com as suas enormes restrições e o fim do dinheiro fácil, contêm em si todas as características para poderem vir a marcar o fim do modelo de desenvolvimento iniciado pelo “cavaquismo”, que Guterres e Barroso não tiveram coragem para mudar e perante o qual José Sócrates foi demasiado tíbio e hesitante. O modelo que, fatalmente, nos conduziria, como conduziu, a este “dead end”.
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