quinta-feira, outubro 14, 2010

Alfredo Margarido (1928-2010)


Um nome quase esquecido, mas incontornável para os que viveram a adolescência nos anos 60 em permanente desassossego.

2 comentários:

Cristina Correia disse...

Ao desfolhar o Jornal Público deparei-me com o desaparecimento de um dos grandes intelectuais portugueses da segunda metade do século XX. Poeta, ficiconista, ensaísta, tradutor, artista plástico, sociólogo, estudioso e divulgador das literaturas africanas de expressão portuguesa, ALFREDO MARGARIDO faleceu esta terça-feira em Lisboa. Longe dos focos mediáticos, a sua morte não tem sido muito noticiada, no entanto, a sua morte significa uma grande perda para a cultura, ensino e investigação portuguesas. Com fortes ligações ao surrealismo introduziu o nouveau roman» em Portugal, traduziu obras marcantes à escala mundial, incluindo o Moby Dick de Melville. Investigador da École des Hautes Études, docente na Sorbonne, teve preponderante influência no meu percurso académico. Na minha consciência fica a pesada carga emocional de nos últimos anos não o ter contactado. Com nostalgia, guardo as cartas que me remetia de Paris com conteúdos programáticos para o curso de Sociologia da UAL. Fica a saudade dos finais de tarde à Sexta-feira. Não eram aulas, eram licões de vida... que muitos poucos souberam apreciar, valorizar e interiorizar. Deixo a minha sincera homenagem a quem já partiu mas que jamais esquecerei.«Lúcido, crítico e livre, e por isso mesmo polémico e indisciplinador de consciências» Cristina Correia

JC disse...

Cara Cristina:
Mtº obrigado pelo seu comentário. Para mim, será essencialmente o AM dos Cadernos de Circunstância e, como admirador do Nouveau Roman ("Moderato Cantabile" e "Hiroxima" ainda são dos meus textos de cabeceira) muito, de "No Fundo Deste Canal".
Cumprimentos