Aqui há já alguns anos (se calhar já mesmo muitos), a Associação de Cegos Luis Braille (ou a Liga de Cegos João de Deus, não tenho a certeza) tinha por hábito realizar um sorteio, conhecido popularmente como "o sorteio dos ceguinhos", para angariar fundos para a sua organização. O prémio principal era normalmente constituído por um automóvel, passeado num camião de caixa aberta pelas principais ruas de Lisboa enquanto colaboradores da associação (ACLB ou LCJD) vendiam as respectivas rifas e um altifalante anunciava, como garantia da seriedade da agremiação e credibilidade do sorteio, que este nunca tinha sido adiado.
Ora aqui está algo que governo, oposição e outras organizações políticas deveriam levar em linha de conta: se querem manter ou recuperar a credibilidade perdida, talvez não fosse mau, como princípio, cumprirem escrupulosamente prazos, horários e datas acordadas para as acções que desenvolvem. Verão que é um bom começo, e acreditem os resultados talvez não se façam esperar.
Ora aqui está algo que governo, oposição e outras organizações políticas deveriam levar em linha de conta: se querem manter ou recuperar a credibilidade perdida, talvez não fosse mau, como princípio, cumprirem escrupulosamente prazos, horários e datas acordadas para as acções que desenvolvem. Verão que é um bom começo, e acreditem os resultados talvez não se façam esperar.
2 comentários:
O pior é quando os decisores se encontram afectados pela mais patológica das cegueiras, típica dos que não querem ver, o que nem um simpático "pathos" augura um vislumbre de luz ao fim do túnel.
JR
Caro JC
Lembro-me perfeitamente do cenário cuja descrição foi feita ao pormenor. A voz do locutor (?) era também inconfundivel e indissociavél do "sorteio dos ceguinhos".
O que este (des)governo tem feito é um bombardeio constante de areia para os olhos para que não vejamos as patifarias (para usar um termo simpático) e o estado a que nos têm conduzido. Oposição (que foi governo) incluída. Também é um facto que ninguém do exterior nos (os) leva a sério. Para nossa desgraça.
Cumprimentos
Enviar um comentário