Comecemos pelo princípio, como dizia o tal senhor francês: a derrota e, pior do que isso, a péssima exibição do “meu” SLB em Lyon começam numa péssima abordagem ao jogo por Jorge Jesus, ao afirmar que uma vitória do Benfica no Gerland seria a coisa mais natural do mundo. Não seria: ao contrário do SLB, o OL tem sido, nos últimos anos, uma presença habitual na Champions League, com passagem frequente aos 1/8 e ¼ de final da competição e, pelo meio, com outros bons resultados, como a eliminação do Real Madrid e etc.
Esta péssima abordagem verbal prolongou-se numa constituição da equipa onde apenas Javi Garcia assegurava os equilíbrios defensivos, como se o SLB fosse jogar a Matosinhos ou Paços de Ferreira (e mesmo assim...). Um suicídio, face ao OL. O ano passado esses equilíbrios eram assegurados por Ramires. E este ano? Pois, apenas existe Amorim (e a um nível diferente) e está lesionado; mas talvez seja tempo de começar a exigir responsabilidades a quem definiu este plantel: Jorge Jesus, Rui Costa e Luís Filipe Vieira.
Claro que tudo isto acabou por desembocar no comportamento da equipa em campo: ansiosa por atacar e pressionada em todo o campo, errava passes e, desequilibrada como estava e desequilibrando-se ainda mais com a sofreguidão atacante, expunha-se às transições rápidas do OL o que contribuía ainda para um maior enervamento, bem visível na expulsão de Gaitán.
Lição: talvez seja altura de nos deixarmos de “faits divers”, como boicotes aos jogos fora e actuações dos árbitros (por muita razão que nos possa assistir), e de centrarmos a nossa atenção naquilo que importa: o treinador, o plantel, a equipa, a sua constituição e o modo como joga.
Duas notas finais:
- Que andou Coentrão a fazer escondido a defesa-esquerdo durante ¾ do jogo?
- Um tal de Roberto foi o melhor da equipa, e a ele e a um abrandamento de ritmo do OL devemos não ter saído goleados.
4 comentários:
Caro JC
Inteiramente de acordo com a sua análise. No fundo o "efeito Jorge Jeus", já foi. As saídas de Di Maria e Ramires foram fatais, agravadas pelo facto de não terem sido procuradas, em tempo útil, soluções alternativas. A motivação que consegue (ou conseguia) incutir já não é a mesma. Outro erro é a insistência (por pura teimosia ?) sempre nos mesmos, quando existem alguns (jogadores) que lhes faria bem passarem algum tempo pelo banco dando oportunidades a outras. A titularidade para ser para algumas situações parece ser um dado adquirido. De facto o que andou Coentrão (um dos melhores em campo) a fazer como lateral ? E Kardec nos extremos ? Mas não é suposto Kardec ser ponta de lança ?
Tenhamos esperança e fé (noutro Jesus) para que os próximos 3 jogos da champions correspondam a 3 vitórias. Caso contrário o destino fica traçado.
Cumprimentos
Podem bastar 2 vitórias e um empate com o OL... E não estou de acordo consigo quanto à responsabilidade de alguns jogadores e ao facto de lhes fazer bem passar pelo banco..
Bem observada a questão Coentrão, JC...
Este ano, o equilíbrio da equipa passa, claramente, pela utilização do Coentrão a extremo, e do Peixoto (é o que há!) a lateral. O Coentrão é o melhor avançado e defesa da equipa!
Quanto ao Gaitán, é craque, mas parece render mais ao meio ou à direita.
Roberto? Dou a mão à palmatória! Estes últimos jogos demonstram o acerto da contratação.
Gaitán acelera bem o jogo quando actua no meio ou em diagonais vindo da dtª. Extremo, não é.Mas está ainda verde e mtº individualista, à sul-americana!JJ lá saberá, mas não percebo pq não utilizou ainda Fábio Faria a defesa-esquerdo.
Abraço
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