A promulgação da lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo é apenas o pretexto, o leit-motiv ideológico e potencialmente mobilizador que, talvez conjunturalmente como aconteceu com a aliança que deu origem ao 28 de Maio, une alguma direita católica ultra-conservadora e o radicalismo “Medina-Carreirista” na reivindicação da presidencialização do regime. É a janela de oportunidade para forçar Cavaco Silva a uma maior intervenção, mesmo que nas margens ou até para além da constitucionalidade. Sintomático que seja Santana Lopes, que nunca perdoou a Cavaco o episódio da má moeda e a Sampaio o “despedimento”, uma das personalidades em maior evidência. Não nos enganemos: o que está em causa é mesmo o regime.
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