Vejo por aí escrito e oiço com demasiada frequência que o crédito disponibilizado para as grandes obras públicas irá, em conjuntura de escassez ou até tendo-se esta transformado num problema estrutural, escassear para o financiamento das chamadas “micro, pequenas e médias empresas”, assim “a modos” do que se passa num mecanismo automático tipo vasos comunicantes: maré-cheia num lado, maré baixa no outro.
Bom, independentemente do que vou dizer de seguida não significar concordância ou discordância com as tais “obras públicas” (a minha posição é conhecida dos leitores habituais do “blogue”), e para além das tais PMEs estarem longe de se constituir numa realidade homogénea e muitas viverem na órbita das “malvadas” grandes empresas e, assim, beneficiarem da expansão destas por via do crédito que as financia, esse tal mecanismo de vasos comunicantes está muito longe de, na prática, ser uma realidade incontroversa. O que frequentemente limita o acesso ao crédito de grande parte dessas PMEs é, isso sim, e muito mais, o risco acrescido que representam pela sua falta de competitividade no mercado, deficiente gestão e estrutura financeira desequilibrada, o que significa que o crédito concedido para “o vaso de cima” (grandes obras públicas) não irá necessariamente escassear no vaso inferior (PMEs), pelo menos na mesma proporção ou sequer semelhante. Mais ainda, as grandes obras públicas até poderão constituir para muitas PMEs indirectamente envolvidas uma oportunidade acrescida de acesso ao crédito, pela garantia acrescida que a expansão dos seus negócios e o seu envolvimento com um ou mais projectos onde o Estado é parte “motora” pode representar para a Banca.
Digamos que o problema não é este, nem “grandes obras públicas” e “PMEs” podem ser assim, de modo simplista, atadas num molho e postas em confronto numa luta de galos políticos por um poleiro eleitoral. A questão deverá ser, isso sim: “o que poderá efectivamente contribuir para um aumento da competitividade do país permitindo-lhe, a prazo, aumentar os seus actuais débeis níveis de crescimento de forma sustentada? Esta, e não outra, é que é, de facto, a questão-chave à qual o país terá de responder.
Bom, independentemente do que vou dizer de seguida não significar concordância ou discordância com as tais “obras públicas” (a minha posição é conhecida dos leitores habituais do “blogue”), e para além das tais PMEs estarem longe de se constituir numa realidade homogénea e muitas viverem na órbita das “malvadas” grandes empresas e, assim, beneficiarem da expansão destas por via do crédito que as financia, esse tal mecanismo de vasos comunicantes está muito longe de, na prática, ser uma realidade incontroversa. O que frequentemente limita o acesso ao crédito de grande parte dessas PMEs é, isso sim, e muito mais, o risco acrescido que representam pela sua falta de competitividade no mercado, deficiente gestão e estrutura financeira desequilibrada, o que significa que o crédito concedido para “o vaso de cima” (grandes obras públicas) não irá necessariamente escassear no vaso inferior (PMEs), pelo menos na mesma proporção ou sequer semelhante. Mais ainda, as grandes obras públicas até poderão constituir para muitas PMEs indirectamente envolvidas uma oportunidade acrescida de acesso ao crédito, pela garantia acrescida que a expansão dos seus negócios e o seu envolvimento com um ou mais projectos onde o Estado é parte “motora” pode representar para a Banca.
Digamos que o problema não é este, nem “grandes obras públicas” e “PMEs” podem ser assim, de modo simplista, atadas num molho e postas em confronto numa luta de galos políticos por um poleiro eleitoral. A questão deverá ser, isso sim: “o que poderá efectivamente contribuir para um aumento da competitividade do país permitindo-lhe, a prazo, aumentar os seus actuais débeis níveis de crescimento de forma sustentada? Esta, e não outra, é que é, de facto, a questão-chave à qual o país terá de responder.
Sem comentários:
Enviar um comentário