Uma explicação de que acho Helena Matos necessita (ver “Público” de hoje, não linkável) para evitar demagogia tanta e tão barata sobre a questão do hino de Espanha.
Os políticos, neste caso os espanhóis, não “se atrapalham com os versos dos hinos que os dirigentes desportivos querem ouvir cantar nos estádios” - e Helena Matos sabe bem que o problema não é esse, só que a verdade lhe dá pouco ou nenhum jeito. Os políticos acham, e bem, pura e simplesmente despropositado que a bizarria de adoptar uma letra para um hino (a “Marcha Real”) que nunca a teve com carácter oficial (lá por casa, ás vezes inventávamos algumas nem sempre com o aval paterno), só para que pudesse ser cantado quando a bandeira de Espanha sobe no mastro ou os jogadores se perfilam no início do jogo, iria causar graves problemas políticos e fracturas várias num país composto por várias nacionalidades, com grandes pulsões independentistas em algumas delas e onde, por esse motivo, pelas feridas mal saradas da guerra civil, por alguma recente radicalização ideológica do PP, inclusivamente pela questão da natureza monárquica ou republicana do regime que só o prestígio de D. Juan Carlos atenua, qualquer pequeno incidente, aparentemente menor, pode ter consequências imprevisíveis. Parafraseando o nosso actual Presidente da República referindo-se aos referendos: esse é, em Espanha, o tipo de coisas que se sabe como começa mas nunca se sabe como acaba. Uma letra para a "Marcha Real" era tudo o que Espanha não precisava de momento, a não ser, talvez, os seus sectores políticos mais radicais. Não era, Helena Matos?
Para além do mais, sabe você, Helena Matos, muito bem, em que contexto histórico e ideológico nasceram os hinos, entre os quais o português, o que acentua ainda mais o carácter um pouco vetusto e arcaico de tal iniciativa. Sabe, no fundo, os políticos de Espanha demonstraram alguma dose daquilo que você, qual incendiária em propriedade alheia, parece revelar desconhecer: bom senso! Só isso: apenas bom senso.
Os políticos, neste caso os espanhóis, não “se atrapalham com os versos dos hinos que os dirigentes desportivos querem ouvir cantar nos estádios” - e Helena Matos sabe bem que o problema não é esse, só que a verdade lhe dá pouco ou nenhum jeito. Os políticos acham, e bem, pura e simplesmente despropositado que a bizarria de adoptar uma letra para um hino (a “Marcha Real”) que nunca a teve com carácter oficial (lá por casa, ás vezes inventávamos algumas nem sempre com o aval paterno), só para que pudesse ser cantado quando a bandeira de Espanha sobe no mastro ou os jogadores se perfilam no início do jogo, iria causar graves problemas políticos e fracturas várias num país composto por várias nacionalidades, com grandes pulsões independentistas em algumas delas e onde, por esse motivo, pelas feridas mal saradas da guerra civil, por alguma recente radicalização ideológica do PP, inclusivamente pela questão da natureza monárquica ou republicana do regime que só o prestígio de D. Juan Carlos atenua, qualquer pequeno incidente, aparentemente menor, pode ter consequências imprevisíveis. Parafraseando o nosso actual Presidente da República referindo-se aos referendos: esse é, em Espanha, o tipo de coisas que se sabe como começa mas nunca se sabe como acaba. Uma letra para a "Marcha Real" era tudo o que Espanha não precisava de momento, a não ser, talvez, os seus sectores políticos mais radicais. Não era, Helena Matos?
Para além do mais, sabe você, Helena Matos, muito bem, em que contexto histórico e ideológico nasceram os hinos, entre os quais o português, o que acentua ainda mais o carácter um pouco vetusto e arcaico de tal iniciativa. Sabe, no fundo, os políticos de Espanha demonstraram alguma dose daquilo que você, qual incendiária em propriedade alheia, parece revelar desconhecer: bom senso! Só isso: apenas bom senso.
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