O cancelamento da edição deste ano do “Dakar” poderá corresponder ao seu “canto do cisne”, pelo menos no formato e dimensão actuais. É uma prova que, por demasiado cara e perigosa, depois de ultrapassado o impacto inicial de há alguns anos, dificilmente se justifica e encontrará investimento compatível nos países do primeiro mundo, onde as empresas fazem contas e avaliam o retorno deste tipo de investimentos. Aliás, não querendo minimizar o profissionalismo e empreendorismo da Lagos Sports, com provas dadas na organização e capacidade para “pôr de pé” acontecimentos desportivos de importância internacional, foi por isso mesmo que a prova veio para Portugal, onde ainda se embasbaca com este tipo de eventos e as empresas e instituições fazem poucas contas ao retorno dos seus investimentos em sponsorship. Assim, lá se encontrou na associação Estado/Santa Casa da Misericórdia o suporte necessário para o financiamento de mais este devaneio. Será que, face ao cancelamento da prova, poderemos finalmente dizer que "há males que vêm por bem"?
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