quinta-feira, janeiro 31, 2008

Fado "blues"

When I woke up this morning (e todos os bluesmen acordam uma manhã), e a propósito da resistência que quase todas as reformas têm de enfrentar neste país, dei por mim a pensar naquela velha história dos escuteiros que, para cumprirem a boa acção devida a cada dia, se juntaram para ajudar a “velhinha” a atravessar a rua. Questionados por quem de direito (professora ou chefe, não sei, nunca fui escuteiro) porque eram precisos tantos, a resposta veio imediata: “Ah, é que ela não queria!”.

Ora aqui está uma boa metáfora, lembrei-me quando acordei de manhã, que já me vai aligeirar das preocupações de ter que “blogar” todos os dias. De facto, existem alguns portugueses que teimam em sonhar Portugal como um país moderno, civilizado, mais europeu e menos tropical. O problema, o pequeno problema, é que os portugueses não querem e, tal como aconteceu certamente com a “velhinha”, resistem e, mal os escuteiros desaparecem na esquina ao fundo da rua, voltam de imediato para trás, qual porco com saudades do chiqueiro. Triste fado, triste destino. Triste tristeza.

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