Acho que já vi por aí escrito - penso que por José Pacheco Pereira, mas não estou certo - que o “Prós & Contras” funciona, por vezes, como um megafone do governo Sócrates, permitindo constantes idas de ministros à televisão num programa relativamente popular, mas também que se tem constituído frequentemente como ocasião única para o debate de certos temas. De acordo quanto à primeira afirmação; algumas dúvidas quanto à segunda. Penso que o formato do programa, opondo frequentemente defensores acérrimos, mesmo facciosos, de posição antagónicas, não favorece o debate sério e profundo, o mesmo acontecendo em virtude do excessivo número de participantes, da frequente má escolha dos intervenientes da plateia, da existência de claques e de uma Fátima Campos Ferreira mais “animadora” do que “moderadora” ou jornalista. Claro, dir-me-ão que este é o preço a pagar para se conseguir audiências significativas num programa de debate político. Poderá assim ser, mas deste modo o debate esclarecido fica seriamente prejudicado e o papel de megafone do governo não deixa de ser o resultado mais evidente.
3 comentários:
Não me parece que assim seja quanto à 1ªconstatação, até porque na maior parte dos casos, aparecem mais contra que pró.
E no cômputo geral, estando de acordo que haja muito facciosismo pró e contra na maior parte das vezes, o programa tem uma grande virtude: a de que muitos dos temas que debate, não teriam outra hipótese de discussão pública. Assim, o programa funciona como janela de debate que não tem paralelo na nossa comunicação.
Abraço
Tem razão quanto á janela de debate, mas o extremo facciosismo por vezes presente e algumas intervenções disparatadas chegam ao ridículo. E tem ministros e secretários de estado a mais, e estes têm sempre um grande peso (são mais iguais...).
Abraço
Bem, não me esqueço da impagável intervenção do presidente da Câmara Municipal das Caldas da rainha, aquando do último debate sobre o aeroporto.
Depois do que aquele senhor afirmou a propósito dos pareceres que as câmaras e outras entidades pedem a organismos externos, se voltar a ser proposto pelo partido a que pertence para novo mandato, estamos conversados sobre a qualidade dos proponentes.
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