Um dos candidatos à presidência do SCP, Godinho Lopes, aquele que me parece com mais possibilidades de ganhar, prometeu aos sócios e adeptos o título já no próximo ano. Sim, e seria bem melhor que essa mesma irracionalidade se restringisse aos gritos que damos na bancada, aos nomes que chamamos (nós, os benfiquistas) ao Cardozo quando falha o milionésimo “penalty” da época ou ao árbitro quando anula o golo que nós, do 2º ou 3º piso da “Catedral”, juramos a pés juntos nunca foi precedido de falta. Quando essa irracionalidade se estende à gestão – e nós, benfiquistas, temos de tal coisa experiência bem amarga, a suficiente para podermos avisar os nossos velhos rivais – nada de especialmente benéfico daí pode resultar.
Pois Godinho Lopes sabe muito bem que não poderá prometer tal coisa (o título ao virar da esquina), e mandaria mesmo a lógica dizer que o objectivo mais realista que o SCP pode estabelecer para a próxima época será esbater a diferença pontual para os 1º 2º classificados e tentar ganhar uma das Taças. Jogar melhor futebol, enfim... Bem melhor seria, pois, que em vez de prometerem títulos, treinadores, directores desportivos e “tutti quanti”, os candidatos à presidência do meu rival do Campo Grande dissessem o que pretendem para o clube, a curto e médio prazo e tendo em conta os enormes problemas que condicionam actualmente a vida do SCP, e, depois disso, tratassem então de escolher, em termos de perfis e nomes, quem mais adequado parecesse para integrar a estrutura e levar a bom porto tal estratégia. Que alguns candidatos populistas “acordem com treinadores” (terão dormido bem?) é algo que consigo entender e está de acordo com a sua lógica. Que quem pretenda gerir seriamente o maior rival do meu “glorioso” (nota: o FCP é inimigo, e não rival) se apreste também a percorrer esse caminho é algo que já me transcende e acabará por se voltar contra si próprio. Aviso de ferrenho “lampião”, que já sofreu isso na pele!
Pois Godinho Lopes sabe muito bem que não poderá prometer tal coisa (o título ao virar da esquina), e mandaria mesmo a lógica dizer que o objectivo mais realista que o SCP pode estabelecer para a próxima época será esbater a diferença pontual para os 1º 2º classificados e tentar ganhar uma das Taças. Jogar melhor futebol, enfim... Bem melhor seria, pois, que em vez de prometerem títulos, treinadores, directores desportivos e “tutti quanti”, os candidatos à presidência do meu rival do Campo Grande dissessem o que pretendem para o clube, a curto e médio prazo e tendo em conta os enormes problemas que condicionam actualmente a vida do SCP, e, depois disso, tratassem então de escolher, em termos de perfis e nomes, quem mais adequado parecesse para integrar a estrutura e levar a bom porto tal estratégia. Que alguns candidatos populistas “acordem com treinadores” (terão dormido bem?) é algo que consigo entender e está de acordo com a sua lógica. Que quem pretenda gerir seriamente o maior rival do meu “glorioso” (nota: o FCP é inimigo, e não rival) se apreste também a percorrer esse caminho é algo que já me transcende e acabará por se voltar contra si próprio. Aviso de ferrenho “lampião”, que já sofreu isso na pele!
4 comentários:
Meu Caro JC
A minha vontade de votar em GL é...nenhuma. Isto apesar de contar nas suas listas com um nome único do nosso desporto (o prof. Moniz Pereira sem dúvida o nosso maior e mais ilustre fazedor de campeões, e a quem todo o País tem que estar grato).
Contudo, cumpre-me rectificar uma sua afirmação, cuja após rectificação, lançará por terra o argumento que sustenta o seu texto: Godinho Lopes não prometeu o título já para a próxima época, e sim para o seu mandato (que, pelos estatutos do SCP, teria a duração de 3 anos).
Abraço
Nesse caso ou li mal ou li notícia enganada. Peço desculpa. Mas mesmo para o seu mandato...
E não acho lance por terra o meu argumento: antes de prometer títulos, treinadores, directores para o futebol e etc, tem de se definir e apresentar uma estratégia. Quer exemplos? Paulo Bento era o treinador ideal para uma estratégia baseada nos jogadores da Academia; não o seria para algumas outras (e tenho grande consideração por ele). Outro exemplo: Rafa Benitez é um treinador para uma equipa que seja um "outsider"; dificilmente o será para uma equipa que jogue sempre para ganhar.
Já agora: tenho enorme respeito pessoal e profissional por Moniz Pereira. Acredito a sua presença numa lista possa conseguir mtºs votos, pela credibilidade que lhe empresta. Mas que relevância tem essa sua presença para resolver os reais problemas do SCP? Resposta: nenhuma.
Abraço
A visão que tenho do meu clube vai muito para além do futebol. É por isso que a figura de Moniz Pereira é incontornável.
Quanto à estratégia, tenhamos em vista que a campanha eleitoral ainda nem começou, e portanto, será prematuro tecer grandes comentários. No entanto, Pedro Baltazar, por exemplo, já apresentou uma espécie de programa em 10 pontos, que me parece interessante. Veremos é se será suficiente para meter na sombra a escolha (infeliz) de Santana Lopes para Presidente da AG (embora este seja um cargo pouco influente na gerência do clube).
De resto, meu caro, estas campanhas eleitorais em qualquer clube, revestem-se quase sempre das mesmas características, raramente os candidatos resistem a anunciar este ou aquele nome, ou, como é o caso, títulos (embora seja "dos livros" que quem quiser ser presidente de um grande tem que, pelo menos, prometer títulos. Acontece no SCP, como já aconteceu no seu clube. Relembro-lhe que o Luís Filipe Vieira por diversas vezes prometeu o título...para o ano.
O problema para mim, é que quem está - no SCP, no SLB ou na Presidência da República - tem sempre mais facilidade em renovar mandatos, e GL é, apesar de ter deixado o SCP há uns anos, o candidato da continuidade. Repare que foi com ele na SAD que se iniciou o periodo de maiores desmandos no clube. É ele um dos responsáveis por um estádio que custou mais 80% do que o orçamentado, que se sabia que construido naquela posição a relva teria sempre os problemas que apresenta e cujo túnel dificulta a organização de outros eventos, o que priva o clube de receitas que, há uns anos bom jeito deram.
Mas isto dava pano para mangas: o Dias Ferreira a apresentar o Futre e o Rijkaard (quando é que eu já vi este nome anunciado como promessa eleitoral) como trunfos, o Bruno a anunciar milhões, e por aí fora. Enfim, vamos ver no que isto vai dar...
Bom, claro que não se tratando do meu clube não estou 100% atento. Mas do que fui ouvindo, até agora só lugares comuns. Claro que no meu clube tb já vi e ouvi mtº de semelhante,daí o meu aviso ao rival. Hoje li no "Público" o Bruno Prata a comparar o SCP c/ o Borussia Dortmund. Um disparate: se o SCP ficar em 3º dois anos seguidos, e dificilmente tal não sucederá, a "rua sportinguista" rebenta logo c/ qualquer estratégia, tal como o fez c/ Paulo Bento.E não é de "medidas" que o seu clube precisa: precisa de definir objectivos alcançáveis, uma estratégia para lá chegar e um plano de acções que sirva tal estratégia.
Abraço e sincera boa sorte (desde que não nos ganhem...)
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