Bagão Félix diz ao “Público” que o facto de Teixeira dos Santos ter estabelecido os 7% nos juros da dívida como limite a partir do qual seria necessário recorrer ao FMI constituiu “um erro técnico e político”. Embora Bagão Félix não justifique esta sua afirmação, estou de acordo com ele: o estabelecimento de uma barreira desse tipo parece ter na sua base questões puramente técnicas, de natureza financeira, e uma decisão de recorrer a ajuda externa, embora em última instância por elas determinada, irá ter também na sua base, em boa medida, razões de ordem política: mesmo que inteiramente justificada e positiva nas suas consequências, o primeiro-ministro, governo e partido político de apoio que tomarem tal decisão verão a sua credibilidade gravemente afectada, com o subsequente reflexo nas intenções de voto dos portugueses.
2 comentários:
Caro JC
Ainda há pouco, na sic noticias, Miguel Beleza falou em algo semelhante ao referido por Bagão Félix. Na prática ao publicitar o limite, está-se a convidar "os mercados" a ultrapassar o mesmo para "forçar a barra" utilizando uma expressão nada técnica. Quanto a competência e credibilidade deste governo nem vale a pena gastar uma linha que seja tão evidente é o desnorte do mesmo.
Cumrpimentos
Como disse, será uma decisão em que as questões de ordem política tb terão grande importância. Nestas questões de ordem financeira, existe mtªs vezes a tendência para a desvalorizar.
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