sexta-feira, novembro 12, 2010

Remodelar?

Existirão actualmente algumas vantagens reais numa remodelação governamental, leia-se, na substituição do Ministro das Finanças?

Vejamos as perguntas que temos de fazer e ás quais é obrigatório dar resposta:

  1. Pese embora as más execuções orçamentais de 2009 e 2010 tenham um responsável bem definido na pessoa de Teixeira dos Santos (é o ministro, para todos os efeitos), em que medida e até que ponto o seu desempenho foi determinante nessa má prestação? Assim sendo, isto é, uma vez as conclusões tiradas, até que ponto uma sua substituição poderia resolver o problema nos próximos anos?
  2. Foram determinadas com rigor as causas dessas más prestações e implementadas as medidas para as corrigir no futuro, isto é, em 2011? Que papel desempenhou nesse processo (a ter existido) a actual equipa do Ministério das Finanças?
  3. Nas circunstâncias actuais, é possível substituir Teixeira dos Santos por alguém com experiência e credibilidade suficientes, dando garantias a mercados, investidores, cidadãos e UE? Que impactos, positivos e negativos, trariam a sua substituição e o nome do seu substituto?

Poderão existir outras, mas pelo menos estas três necessitarão de uma avaliação ponderada e de uma resposta inequívoca antes de José Sócrates tomar qualquer decisão. Remodelar apenas para se mostrar que se está activo (não está, como já se percebeu) e se mantém a liderança de um governo que quase se parece reduzir ao Ministro das Finanças e a Pedro Silva Pereira, dando simultaneamente resposta a algum ruído e a algumas vozes internas do PS como a “Pasionaria” Ana Gomes,só poderá trazer resultados desastrosos e acelerar a decrepitude do actual governo.

5 comentários:

Anónimo disse...

Só há uma remodulação possivel. Substitui-los na sua totalidade.

JC disse...

Problemas: como, por quem e saber se isso resolve o essencial.

Anónimo disse...

Não se poderia, em regime de "outsourcing" (agora tão em voga) pedir à Angela (Merkel) para tomar conta disto ?

JC disse...

Desculpe a falta de imaginação, mas "poder, podia; mas não era a mesma coisa"!

Anónimo disse...

Não é falta de imaginação. Era bem melhor