Existirão actualmente algumas vantagens reais numa remodelação governamental, leia-se, na substituição do Ministro das Finanças?
Vejamos as perguntas que temos de fazer e ás quais é obrigatório dar resposta:
- Pese embora as más execuções orçamentais de 2009 e 2010 tenham um responsável bem definido na pessoa de Teixeira dos Santos (é o ministro, para todos os efeitos), em que medida e até que ponto o seu desempenho foi determinante nessa má prestação? Assim sendo, isto é, uma vez as conclusões tiradas, até que ponto uma sua substituição poderia resolver o problema nos próximos anos?
- Foram determinadas com rigor as causas dessas más prestações e implementadas as medidas para as corrigir no futuro, isto é, em 2011? Que papel desempenhou nesse processo (a ter existido) a actual equipa do Ministério das Finanças?
- Nas circunstâncias actuais, é possível substituir Teixeira dos Santos por alguém com experiência e credibilidade suficientes, dando garantias a mercados, investidores, cidadãos e UE? Que impactos, positivos e negativos, trariam a sua substituição e o nome do seu substituto?
Poderão existir outras, mas pelo menos estas três necessitarão de uma avaliação ponderada e de uma resposta inequívoca antes de José Sócrates tomar qualquer decisão. Remodelar apenas para se mostrar que se está activo (não está, como já se percebeu) e se mantém a liderança de um governo que quase se parece reduzir ao Ministro das Finanças e a Pedro Silva Pereira, dando simultaneamente resposta a algum ruído e a algumas vozes internas do PS como a “Pasionaria” Ana Gomes,só poderá trazer resultados desastrosos e acelerar a decrepitude do actual governo.
5 comentários:
Só há uma remodulação possivel. Substitui-los na sua totalidade.
Problemas: como, por quem e saber se isso resolve o essencial.
Não se poderia, em regime de "outsourcing" (agora tão em voga) pedir à Angela (Merkel) para tomar conta disto ?
Desculpe a falta de imaginação, mas "poder, podia; mas não era a mesma coisa"!
Não é falta de imaginação. Era bem melhor
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