Apesar de toda uma sequência de erros, iniciados ainda antes da pré-época, apontados a Jorge Jesus (eu próprio não me coibi de os assinalar), não penso, contrariamente ao que afirma a imprensa desportiva, que o seu despedimento ou manutenção ao serviço do clube, agora ou no final da época, deva essencialmente depender dos próximos resultados desportivos, neles tendo especial relevância o jogos com o Beira-Mar e Braga (Taça). Esse é o modelo tradicional da “chicotada psicológica”, quando “os resultados não aparecem”, que penso perfeitamente inadequado à gestão de um clube de futebol profissional. Com esse modelo, Alex Ferguson nunca teria tido sucesso.
Deverá ser a direcção da SAD, com Luís Filipe Vieira e Rui Costa (se é que este ainda tem alguma capacidade de intervenção e decisão) em primeiro lugar, a tomar uma decisão baseada em múltiplos factores, nos quais os resultados estarão obviamente incluídos mas, independentemente de estes serem positivos ou negativos num futuro próximo, onde questões como a liderança, razões para os inúmeros erros cometidos, ambiente interno, perfil do treinador, modelo de jogo e adequação de ambos à cultura e filosofia do clube, bem como outras questões julgadas relevantes devem revestir-se de um carácter essencial. E estas apenas poderão ser avaliadas por quem as conhece de perto, nunca por qualquer de nós ou pelas chamadas “figuras de prestígio” do clube.
Devo acrescentar ainda algo mais: nas afirmações de LFV sobre terem sido dados a Jorge Jesus todos os jogadores pedidos, se me choca a afirmação com a qual o responsável máximo de uma instituição não se inibe de se desresponsabilizar em público condenando, desse modo e simultâneamente, um seu colaborador “à fogueira”, choca-me igualmente, ou ainda mais, o modelo de gestão que dessa afirmação se depreende, no qual me parece estar ausente qualquer tipo de cooperação ou parceria estratégicas com níveis de decisão e responsabilização atribuídos. Assim, o meu clube não irá a parte alguma.
Deverá ser a direcção da SAD, com Luís Filipe Vieira e Rui Costa (se é que este ainda tem alguma capacidade de intervenção e decisão) em primeiro lugar, a tomar uma decisão baseada em múltiplos factores, nos quais os resultados estarão obviamente incluídos mas, independentemente de estes serem positivos ou negativos num futuro próximo, onde questões como a liderança, razões para os inúmeros erros cometidos, ambiente interno, perfil do treinador, modelo de jogo e adequação de ambos à cultura e filosofia do clube, bem como outras questões julgadas relevantes devem revestir-se de um carácter essencial. E estas apenas poderão ser avaliadas por quem as conhece de perto, nunca por qualquer de nós ou pelas chamadas “figuras de prestígio” do clube.
Devo acrescentar ainda algo mais: nas afirmações de LFV sobre terem sido dados a Jorge Jesus todos os jogadores pedidos, se me choca a afirmação com a qual o responsável máximo de uma instituição não se inibe de se desresponsabilizar em público condenando, desse modo e simultâneamente, um seu colaborador “à fogueira”, choca-me igualmente, ou ainda mais, o modelo de gestão que dessa afirmação se depreende, no qual me parece estar ausente qualquer tipo de cooperação ou parceria estratégicas com níveis de decisão e responsabilização atribuídos. Assim, o meu clube não irá a parte alguma.
2 comentários:
Caro JC
Inteiramente de acordo com a primeira parte da sua análise. De nada serve agora mandar Jesus ter com os anjinhos.
Quanto a LFV não tem nivel para um clube como o glorioso. Encaixa melhor no negócio dos pneus. Um "lider" que se descarta simplesmente não o é.
Rui Costa tem mantido o low profile.
No fundo quem é que lidera o glorioso ? LFV não deve ser porque um líder não age assim.
Há que começar a planear o futuro e construir uma base sólida, dentro dos parametros que indica no seu post, mas não creio que com gente desta se chegue a algum lado. Infelizmente os exemplos do passado (excepção à última época) não auguram nada de bom.
Cumprimentos
Calma e bom senso ( que o Caro JC recomenda no seu comentário em anterior post) tiveram os instrumentistas e os que permaneceram a ouvir a orquestra enquanto o Titanic afundava.
A calma não resolve um problema premente e o bom senso manda diagnosticar os males e avisar dos riscos, exactamaente o que JC tem feito e eu igualmente tentei.
Eu avisei aqui e não pouco,ainda na época passada, do erro de não dar prioridade à Taça Europa, e critiquei, e não pouco, as aquisições milionárias desta época, com Roberto à cabeça.
Agora estou preocupado com a sobrevivência do Benfica a um nível competitivo minimamente aceitável e compativel com o passado, acrescido do possível descalabro financeiro.
Queira que eu não acerte como acertei nas anteriores já que se o dissesse depois de descalabro então o Caro JC poderia muito bem dizer que seriam prognósticos depois do jogo.
O tempo nos dirá.
JR
Enviar um comentário