Joseph Haydn (1732-1809)
Sinfonia nº 94 em Sol Maior "Surprise". 1º andamento: Adagio. Vivace assai
Capella Istropolitana dirigida por Barry Wordsworth
Muitas, talvez mesmo a maioria, das chamadas etiquetas discográficas de música erudita vendidas a baixo preço, aquelas normalmente designadas como “séries económicas, nada têm de recomendável. Contudo, existem excepções que valem bem a nossa atenção e nos permitem ter em casa excelentes interpretações e gravações de qualidade a preços muito convidativos, bem adequados a quem não pode ou não quer gastar muito dinheiro com a cultura em tempos de crise. Ou para aqueles para quem a música erudita “ainda morde” mas estão curiosos e se querem iniciar na sua fruição.
Já aqui falei na Naxos a propósito da integral de Chopin pela pianista turca Idil Biret, uma gravação de referência da obra do compositor franco-polaco. Publiquei mesmo um exemplo que pudesse aguçar o apetite de quem o ouviu. Também na altura tive oportunidade de recomendar as gravações das sinfonias de Mozart da mesma editora, interpretadas pela eslovaca Capella Istropolitana dirigida pelo bem inglês Barry Wordsworth. Também pela mesmíssima Capella Istropolitana, embora talvez um degrau abaixo das interpretações das sinfonias mozartianas, valerá a pena ouvir com alguma atenção as sinfonias de Joseph Haydn (1732-1809, lembramos este ano o 2º centenário da sua morte), um dos expoentes do classissismo vienense, das quais deixo aqui hoje um exemplo.
Convém dizer que a Naxos é uma etiqueta fundada em 1987 por um alemão residente em Hong Kong, Klaus Heymann. Começou por se tornar famosa através de gravações de agrupamentos da Europa de Leste (comprei os meus primeiros CDs da Naxos, em forints comprados no mercado negro muito abaixo do preço oficial, em Budapeste, no fim dos anos 80 e início dos anos 90 – uma pechincha!), principalmente do repertório barroco e clássico. Mais tarde estendeu essa sua actividade à edição de gravações históricas cujo ""copywright tinha caducado, mas também à edição de compositores menos conhecidos. Como prova a edição da integral de Chopin, o repertório romântico também não ficou esquecido nos tempos mais recentes. Um outro exemplo: uma das minhas gravações da ópera “O Navio Fantasma” (Der Fliegende Holländer”) de Richard Wagner (Wagner é um quase Deus!...) é uma muito bem cotada gravação de 1992 da Naxos, 2 CDs que me terão custado há cinco ou seis anos pouco mais de €17 na FNAC do Chiado.
Das edições da Naxos que tenho aqui por casa saliento ainda a “Täfelmusik” de Georg Philipp Telemann, também numa interpretação da Capella Istropolitana desta vez dirigida pelo austríaco Richard Edlinger. Ou os trios com piano de Beethoven pelo Stuttgart Piano Trio. Outros exemplos poderia dar, se quisesse ser exaustivo.
Não serão os grandes nomes do mundo da música erudita, as “pop stars” e as “prima donnas” desse universo. Mas é, sem qualquer espécie de dúvida, excelente música a preços que pouco excedem os €7 por cada CD.
Portanto, no excuses. Nem mesmo a crise, ou muito menos ela, de costas tão largas!
Já aqui falei na Naxos a propósito da integral de Chopin pela pianista turca Idil Biret, uma gravação de referência da obra do compositor franco-polaco. Publiquei mesmo um exemplo que pudesse aguçar o apetite de quem o ouviu. Também na altura tive oportunidade de recomendar as gravações das sinfonias de Mozart da mesma editora, interpretadas pela eslovaca Capella Istropolitana dirigida pelo bem inglês Barry Wordsworth. Também pela mesmíssima Capella Istropolitana, embora talvez um degrau abaixo das interpretações das sinfonias mozartianas, valerá a pena ouvir com alguma atenção as sinfonias de Joseph Haydn (1732-1809, lembramos este ano o 2º centenário da sua morte), um dos expoentes do classissismo vienense, das quais deixo aqui hoje um exemplo.
Convém dizer que a Naxos é uma etiqueta fundada em 1987 por um alemão residente em Hong Kong, Klaus Heymann. Começou por se tornar famosa através de gravações de agrupamentos da Europa de Leste (comprei os meus primeiros CDs da Naxos, em forints comprados no mercado negro muito abaixo do preço oficial, em Budapeste, no fim dos anos 80 e início dos anos 90 – uma pechincha!), principalmente do repertório barroco e clássico. Mais tarde estendeu essa sua actividade à edição de gravações históricas cujo ""copywright tinha caducado, mas também à edição de compositores menos conhecidos. Como prova a edição da integral de Chopin, o repertório romântico também não ficou esquecido nos tempos mais recentes. Um outro exemplo: uma das minhas gravações da ópera “O Navio Fantasma” (Der Fliegende Holländer”) de Richard Wagner (Wagner é um quase Deus!...) é uma muito bem cotada gravação de 1992 da Naxos, 2 CDs que me terão custado há cinco ou seis anos pouco mais de €17 na FNAC do Chiado.
Das edições da Naxos que tenho aqui por casa saliento ainda a “Täfelmusik” de Georg Philipp Telemann, também numa interpretação da Capella Istropolitana desta vez dirigida pelo austríaco Richard Edlinger. Ou os trios com piano de Beethoven pelo Stuttgart Piano Trio. Outros exemplos poderia dar, se quisesse ser exaustivo.
Não serão os grandes nomes do mundo da música erudita, as “pop stars” e as “prima donnas” desse universo. Mas é, sem qualquer espécie de dúvida, excelente música a preços que pouco excedem os €7 por cada CD.
Portanto, no excuses. Nem mesmo a crise, ou muito menos ela, de costas tão largas!
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