O que se passa na Autoeuropa não representa mais, em última instância e na sua essência, do que a enésima tentativa das estruturas ligadas ao PCP para, na sequência de outras anteriores, combater e boicotar o mais significativo - talvez único - exemplo de sindicalismo responsável e reformista existente em Portugal ao nível das empresas industriais, também tornado possível por uma gestão moderna e “aberta” da parte dos responsáveis do grupo VW. Se surtir efeito, a Autoeuropa transformar-se-á a prazo num foco de instabilidade empresarial com o consequente aumento do desemprego, possível deslocalização da produção, destruição de um “cluster” de excelência e boas práticas industriais, diminuição das exportações e aumento do déficit externo. Mais ainda, um “excelente” exemplo negativo a ser apontado a qualquer possível futuro investimento estrangeiro em Portugal. O cenário ideal, está visto, para um “reforço da votação na CDU”, que poderá então bradar contra os malefícios do grande capital e das multinacionais, as políticas de direita do governo, o agravamento do desemprego e a “destruição do sector produtivo” e das conquistas dos trabalhadores”. “Viva la Muerte!”
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