A 28 de Maio de 1926 uma heterogénea coligação de republicanos conservadores, monárquicos, integralistas, nacionalistas e militares descontentes com o destino da pátria (conhecem algum militar contente com o destino de qualquer pátria se não for ele a mandar?), cujo único objectivo comum era pôr fim ao regime que se confundia com o Partido Democrático de Afonso Costa, tomou o poder em Portugal. Conseguido este objectivo e depois de implementada a tão conhecida “táctica do salame”, expurgando a heterogénea coligação de alguns dos seus membros mais influentes, entre os quais os próprios Gomes da Costa e Mendes Cabeçadas, o resultado final foi a emergência de um regime ditatorial que governaria o país até 25 de Abril de 1974.
A 28 de Outubro de 2000 uma igualmente heterogénea coligação de benfiquistas onde se incluíam genuínos associados de longa data descontentes com o rumo do clube sob a presidência de Vale e Azevedo, arrivistas em busca de notoriedade fácil, novos-ricos buscando promoção e lavagem de imagem, construtores civis em busca de negócios fáceis e empresários de futebolistas buscando lucros imediatos e vinganças a frio, conseguiu, através das mais concorridas eleições de sempre no clube, pôr termo ao mandato de um dos piores presidentes da história do clube. Esgotado este objectivo e implementada mais uma vez a tão celebrada “táctica do salame”, num processo para o qual contribuiu um presidente eleito incapaz e sem qualquer poder, fantoche manipulado pelas mãos de alguns, o clube, apesar de alguma recuperação financeira, ficou entregue ao arbítrio de uma casta de arrivistas que se pretende perpetuar no poder a todo o custo, mesmo o da destruição de uma instituição centenária e orgulho de um país.
Como se prova em ambos os casos, é normalmente este o resultado, o preço a pagar, quando se esquecem as ideias, quando não existem objectivos e estratégia e o taticismo de ocasião comanda as acções de homens e instituições.
A 28 de Outubro de 2000 uma igualmente heterogénea coligação de benfiquistas onde se incluíam genuínos associados de longa data descontentes com o rumo do clube sob a presidência de Vale e Azevedo, arrivistas em busca de notoriedade fácil, novos-ricos buscando promoção e lavagem de imagem, construtores civis em busca de negócios fáceis e empresários de futebolistas buscando lucros imediatos e vinganças a frio, conseguiu, através das mais concorridas eleições de sempre no clube, pôr termo ao mandato de um dos piores presidentes da história do clube. Esgotado este objectivo e implementada mais uma vez a tão celebrada “táctica do salame”, num processo para o qual contribuiu um presidente eleito incapaz e sem qualquer poder, fantoche manipulado pelas mãos de alguns, o clube, apesar de alguma recuperação financeira, ficou entregue ao arbítrio de uma casta de arrivistas que se pretende perpetuar no poder a todo o custo, mesmo o da destruição de uma instituição centenária e orgulho de um país.
Como se prova em ambos os casos, é normalmente este o resultado, o preço a pagar, quando se esquecem as ideias, quando não existem objectivos e estratégia e o taticismo de ocasião comanda as acções de homens e instituições.
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