O “casamento” Scolari/Chelsea F.C. foi de facto um contrato de risco. Para Scolari? Não me parece: depois de José Mourinho ter sido despedido após duas épocas bem sucedidas e únicas na História do clube e de Avram Grant ter sofrido o mesmo destino por John Terry ter escorregado ao marcar um "penalty" na final da Champions League, Scolari sairá com o prestígio intacto e um saco cheio de libras (pena a desvalorização, não é, Filipão?), algo que com certeza equacionou ao aceitar o "enlace". Para o Chelsea sim, pois nunca se compreenderam muito bem as razões que estiveram na base da contratação de alguém cuja experiência como treinador de clube se limitava a uma passagem já longínqua pelo muito específico campeonato brasileiro sem, a esse nível, qualquer vivência no primeiro mundo futebolístico europeu e sabendo que a gestão de selecções é bem outra coisa. Mais ainda, de alguém cujas “strenghts & weaknesses”, que o tornaram no homem certo para o lugar de seleccionador de Portugal no período em que exerceu o cargo, nunca o aconselhariam para o emprego oferecido.
O que fica a descoberto neste caso - se isso ainda fosse necessário e acho não o é – é que o Chelsea F. C. e a sua “gestão”(???) não são nada que se deva levar demasiado a sério, mas sim algo que se enquadra bem melhor no campo dos caprichos. Um dia, os adeptos do que em tempos era um simpático clube de Fulham Road lá terão de acordar do sonho, tornado então pesadelo.
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