O que acho, por vezes, espantoso é o modo como os jornais, mesmo os “de referência” - se é que a categoria ainda existe - tomam os leitores por parvos (e muitos deles bem o merecem). Veja-se esta notícia do “Expresso”:
“Dois ex-funcionários das empresas de Manuel Pedro e Charles Smith garantiram ao Expresso que grande parte da documentação dos escritórios sob suspeita no caso Freeport foi eliminada um dia antes das buscas da PJ de Setúbal, a 9 de Fevereiro de 2005.”
1ª pergunta: Qual a credibilidade desta fonte? Quais as funções que os referidos funcionários desempenhavam? Porque saíram da empresa e em que condições? Qual o seu relacionamento com os seus empregadores, agora "ex"? Porque só agora se manifestam?
2ª pergunta: Foi eliminada grande parte da documentação dos escritórios sob suspeita. Sabendo que isso - eliminação de material de arquivo obsoleto - é algo comum acontecer nas empresas, existe algum indício ou garantia de que essa documentação estava, de algum modo, relacionada com o negócio Freeport, ou tratar-se-á apenas de algo circunstancial?
Continua a notícia:
“A destruição dos documentos foi, segundo as mesmas fontes, ordenada por Manuel Pedro, o consultor português para a aprovação do projecto de outlet em Alcochete, indiciando que estaria a par da operação policial”
1ª pergunta: Manuel Pedro foi o consultor português para a aprovação do projecto Freeport, mas era também um dos sócios da empresa. Nessa qualidade não tinha total autoridade para decidir da destruição de arquivos ou outro material da empresa que poderia nada ter que ver com o caso ou com a visita da PJ?
2ª pergunta: Qualquer prova de corrupção ou ilegalidades envolvendo personalidades do Estado, tais como membros do governo ou dirigentes da autarquia, estaria devidamente guardada nos arquivos da empresa, para quem a quisesse facilmente consultar?
“Dois ex-funcionários das empresas de Manuel Pedro e Charles Smith garantiram ao Expresso que grande parte da documentação dos escritórios sob suspeita no caso Freeport foi eliminada um dia antes das buscas da PJ de Setúbal, a 9 de Fevereiro de 2005.”
1ª pergunta: Qual a credibilidade desta fonte? Quais as funções que os referidos funcionários desempenhavam? Porque saíram da empresa e em que condições? Qual o seu relacionamento com os seus empregadores, agora "ex"? Porque só agora se manifestam?
2ª pergunta: Foi eliminada grande parte da documentação dos escritórios sob suspeita. Sabendo que isso - eliminação de material de arquivo obsoleto - é algo comum acontecer nas empresas, existe algum indício ou garantia de que essa documentação estava, de algum modo, relacionada com o negócio Freeport, ou tratar-se-á apenas de algo circunstancial?
Continua a notícia:
“A destruição dos documentos foi, segundo as mesmas fontes, ordenada por Manuel Pedro, o consultor português para a aprovação do projecto de outlet em Alcochete, indiciando que estaria a par da operação policial”
1ª pergunta: Manuel Pedro foi o consultor português para a aprovação do projecto Freeport, mas era também um dos sócios da empresa. Nessa qualidade não tinha total autoridade para decidir da destruição de arquivos ou outro material da empresa que poderia nada ter que ver com o caso ou com a visita da PJ?
2ª pergunta: Qualquer prova de corrupção ou ilegalidades envolvendo personalidades do Estado, tais como membros do governo ou dirigentes da autarquia, estaria devidamente guardada nos arquivos da empresa, para quem a quisesse facilmente consultar?
Acho que é suficiente, cabendo, no entanto, perguntar se face a uma eventual ausência de provas por ausência de delito não será melhor urdir desde já uma justificação que mantenha para sempre a suspeita. Se assim for, digamos que me resta dizer que a teoria da cabala terá aqui uma resposta ao seu nível: lamentável. Pura e simplesmente lamentável.
4 comentários:
Olá JC
O problema são os bifes!
Deixe-os dizer asneirada...
Quando as comadres se zangam, sabem-se as verdades ;-)
Abraço
Já soube de notícias suas do almoço do Ié-Ié!!! Parece que se divertiram.
All the best.
E você não foi JC, gostava muito de o ter conhecido :-)
Como não tenho carro, lá foi o meu ex. atrelado!
Mas foi um divertimento, mais a porcaria do Donovan LOOOLLLL
Não pude ir; foi de todo impossível e até o "blog" esteve quatro dias interrompido. Next time.
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