A “onda" Freeport - tal como a “onda de incêndios”, de “criminalidade”, etc, etc - pode, indiscutivelmente, provocar danos na imagem do primeiro-ministro e do governo – e assim parece acontecer embora de forma não demasiado dramática -, mas, simultaneamente, contribui para agravar um sentimento de insegurança, entre os eleitores, que poderá gerar o efeito contrário ao pretendido, isto é, reforçar o statu quo, sinónimo de segurança, num momento em que por via da crise económica e financeira mundial, do desemprego generalizado, do medo do desconhecido, poucos gostarão de ver os problemas considerados "fulcrais" afectados por questões que arriscam a ser vistas como sendo marginais e perturbadoras do combate à crise. Ora, quer se queira quer não, esse statu quo - principalmente depois de alguns “tiros no pé” do Presidente da República - neste momento, tem um nome, José Sócrates, e só algo demasiado grave que quebre esse “pacto de segurança” tácito entre ele e os eleitores poderá alterar as perspectivas eleitorais. Algo que a oposição deverá ter em conta...
Sem comentários:
Enviar um comentário